O ator José Dumont, de 72 anos, que virou réu por armazenamento de pornografia infantil, teve a primeira audiência de conciliação, instrução e julgamento do processo marcada pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ). Segundo reportagem da BandNews FM, a sessão deverá ser realizada no próximo dia 6 de dezembro. O artista segue sendo monitorado por uma tornozeleira eletrônica e já teve um novo pedido de prisão feito pela Polícia Civil, que ainda está em análise.
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Dumont foi preso no último dia 15 de setembro, quando policiais investigavam um suposto abuso sexual contra um menino de 12 anos e encontraram imagens de sexo envolvendo crianças no celular e computador do artista. Ele foi denunciado pelo Ministério Público e virou réu no caso. Após uma audiência de custódia, foi liberado do presídio no último dia 12 de outubro, quando passou a usar a tornozeleira eletrônica.
No último dia 17, a Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), pediu a prisão preventiva do ator por conta das evidências obtidas sobre o abuso sexual do menor de 12 anos. Assim, a polícia diz que, em liberdade, ele representa risco a outras crianças e adolescentes. Essa solicitação, no entanto, ainda não foi avaliada pela Justiça.
A mãe do garoto foi ouvida na delegacia e contou que só tomou conhecimento sobre o que ocorreu com seu filho após vizinhos denunciarem as suspeitas de estupro no entorno da residência do ator.
O advogado da família endossou que outras crianças podem ter sido vítimas de Dumont e que, fora da prisão, ele poderia coagir as famílias a ficarem em silêncio.
A defesa do ator não foi encontrada para comentar sobre o assunto até a publicação desta reportagem.
Imagens de sexo e suposto abuso
O ator foi flagrado por policiais com imagens de sexo envolvendo crianças em seu computador e celular durante as investigações sobre o suposto abuso sexual de um adolescente de 12 anos. Ele passou a ser investigado depois que câmeras de segurança do condomínio onde o ator mora, no Bairro do Catete, na Zona Sul do Rio, mostraram ele beijando e fazendo carícias no menor.
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A defesa dele nega a acusação e diz que Dumont “se considera” um padrinho do menino e conhecia toda a família dele.
Quando os policiais investigavam o caso, encontraram imagens de sexo envolvendo crianças. Assim, ele foi preso e depois denunciado pelo Ministério Público por adquirir, possuir e armazenar em seu computador e em seu telefone celular fotografias e vídeos contendo cenas de pornografia envolvendo menores de diversas idades. A Justiça acatou a denúncia e o ator virou réu no caso.
Logo depois, a defesa entrou com um pedido de habeas corpus, alegando que o ator pagaria uma fiança no valor de R$ 40 mil e que colabora com as investigações. A solicitação, no entanto, foi negada pela Justiça. Ele só obteve a soltura no último dia 11 e deixou o presídio no dia 12.
Material serviria para ‘estudo’
De acordo com reportagem do jornal “O Globo”, ao ser ouvido pela polícia logo após a prisão, Dumont negou que integrasse um grupo de pornografia infantil, mas confirmou que essas imagens apreendidas eram dele e seriam usadas como estudo para um futuro trabalho.
No entanto, um relatório feito Núcleo de Combate ao Uso e à Exploração Sexual Infantil, da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), indica que pelo menos um dos 240 arquivos de imagens e vídeos de pornografia infantil pode ter sido produzido com uma câmera do aparelho celular de Dumont.
A Polícia Civil diz que tanto o computador quanto o celular de Dumont ainda vão ser submetidos a uma perícia. A análise mais aprofundada visa identificar se há mais conteúdos de sexo envolvendo menores de idade.
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