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PM diz que já liberou 147 trechos de estradas em SP; pelo menos 21 pontos ainda têm bloqueios

Corporação diz que fará reunião hoje para definir ações contra atos de bolsonaristas nas rodovias

Apesar da ordem das autoridades para que as estradas sejam liberadas, a Polícia Militar informou que, até 6h desta quarta-feira (2), feriado de Finados, ainda havia bloqueios em pelo menos 21 trechos de rodovias que cortam São Paulo. A corporação ressaltou, no entanto, que já foram encerrados atos em 147 locais desde que o governo estadual determinou a atuação dos agentes no combate aos atos ilegais.

A PM destacou, ainda, que nesta manhã vai realizar uma reunião para definir ações contra os atos de bolsonaristas, que não se conformam com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições.

Um dos pontos ainda com bloqueio nesta quarta-feira fica na Rodovia Castello Branco, a partir do km 20, na altura de Osasco, que gera um grande congestionamento. Apenas uma faixa está liberada no local. Na mesma rodovia, há ainda bloqueios no km 26, na altura de Barueri, e no km 8, na altura de Sorocaba, segundo destacou a CCR, concessionária que administra a rodovia.

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Em Sorocaba, também há concentração de manifestantes na Rodovia Raposo Tavares, na altura do km 101. Uma faixa apenas está liberada no trecho.

Ainda segundo a PM, há pontos de bloqueios na Rodovias Anhanguera, no km 153, em Limeira, e no km 119, em Nova Odessa. Já na Rodovia dos Bandeirantes os pontos ficam na altura do km 106, em Hortolândia.

Também são registrados na Rodovia Presidente Dutra, que é federal, na altura do km 130, em Caçapava, e km 149, em São José dos Campos, e em Jacareí nos kms 159 e 161.

A PM destacou que os trabalhos de desbloqueio das estradas é continuo e as tropas especiais, como Choque e BAEPs, estão sendo utilizadas para desbloquear as vias. Na capital paulista, ainda há concentração de manifestantes no Paraíso, na Zona Sul.

Já os bloqueios encerrados pela corporação ficam no Rodoanel Mário Covas, nas cidades de São Bernardo e Itapecerica da Serra, e na Rodovia Hélio Smidt, que dá acesso ao Aeroporto Internacional de Guarulhos.

Uso da força e multa

O governador Rodrigo Garcia (PSDB) disse, em entrevista coletiva na manhã de terça-feira (1º) que, caso os caminhoneiros não obedeçam, o uso da força policial não está descartado. Além disso, ressaltou que serão aplicadas multas de até R$ 100 mil aos motoristas.

“A partir de agora, nós vamos aplicar aquilo que determina a decisão judicial, iniciando com multas de R$ 100 mil por hora para cada veículo que esteja contribuindo com essa obstrução, a partir também daí fichando e eventualmente prendendo àqueles manifestantes que resistirem à desobstrução das vias e, se necessário, o emprego de força”, disse Garcia.

O MP-SP (Ministério Público de São Paulo) também informou que instaurou um grupo para investigar os protestos que são realizados desde a noite de domingo (30). Segundo o órgão, membros da Promotoria de Justiça da Habitação e do Urbanismo da Capital e do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) vão apurar os prejuízos e as responsabilidades dos atos.

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O procurador-geral de Justiça, Mario Sarrubbo, disse que tudo indica que uma organização criminosa está por trás dos protestos.

“Trata-se de uma manifestação de desrespeito ao resultado das urnas, de desrespeito à vontade do povo brasileiro, de maneira que o Ministério Publico não se curvará a quem quer que seja e defenderemos a democracia e trabalharemos pela paz da população do estado de são Paulo e do Brasil de forma absolutamente intransigente”, ressaltou.

Situação pelo país

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou, na madrugada desta quarta-feira, que desfez 515 bloqueios em rodovias desde o início das manifestações. No entanto, ainda existem 164 bloqueios em 17 estados.

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Santa Catarina é o estado com o maior número de bloqueios, sendo 37. Em seguida aparece o Mato Grosso, com 30, e o Pará, com 18. Já Rondônia tem 15 manifestações e Minas Gerais, 12.

Há registros também nos estados do Acre, no Amazonas, na Bahia, no Espírito Santo, em Goiás, Mato Grosso do Sul, em Pernambuco, no Paraná, em Roraima, no Rio Grande do Sul, em São Paulo e em Tocantins.

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