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Tudo o que você precisa saber sobre a BQ.1, nova subvariante da ômicron

Linhagem recente do vírus da covid-19 já foi encontrada em São Paulo

Subvariante da ômicron acende novo alerta no Brasil
Subvariante da ômicron acende novo alerta no Brasil (Divulgação/ Freepik)

A nova subvariante da ômicron, chamada BQ.1, acendeu o alerta para uma nova onda de infecções por covid-19 no Brasil. A linhagem recente do vírus já foi encontrada em São Paulo, no Amazonas, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Espírito Santo.

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Não há mudanças quanto aos sintomas da doença, que continuam sendo dor de cabeça, tosse, febre, dor de garganta, cansaço, perda de olfato e paladar em sua grande maioria. Mais transmissível, a BQ.1 felizmente não se mostra mais grave que as versões anteriores, mas ainda exige cuidados.

O Metro World News conversou com Alexandre Naime Barbosa, pesquisador, professor, médico infectologista da Unesp (Universidade Estadual Paulista) e vice-presidente da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia) para entender melhor o cenário atual da pandemia.

O especialista explica que a nova subvariante da covid-19 tem uma afinidade de ligação maior em relação aos receptores que ficam nas células do trato respiratório alto. “Essa maior afinidade consegue levar ao aumento do número de casos mesmo em pessoas completamente vacinadas. Assim, a taxa de transmissão acaba sendo maior do que a ômicron original”, aponta.

Barbosa diz, contudo, que a BQ.1 não tem refletido no que a comunidade médica intitula “desfecho duro”, ou seja, nas hospitalizações e óbitos, nos indivíduos completamente vacinados. São eles: pessoas com menos de 40 anos que tenham recebido três doses e pessoas com mais de 40 anos, principalmente os extremos de idade e imunossuprimidos, com quatro doses completas. “O que ela pode causar é aumento do número de casos, mas sem gravidado nos completamente vacinados”, frisa.

Prevenção

O infectologista faz um apelo para que aqueles que ainda não tomaram as doses de reforço busquem pelo imunizante o mais rápido possível, a fim de evitar uma eventual infecção mais grave e até mesmo a morte.

Ainda segundo Barbosa, a volta do uso de máscara de proteção facial é principalmente recomendável para as faixas etárias que, mesmo completamente vacinadas, são mais suscetíveis à covid grave, como pessoas acima de 75 anos e imunossuprimidas.

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Nota técnica

Vale dizer que a Sociedade Brasileira de Infectologia defendeu na última sexta-feira (11), em nota técnica de alerta, medidas como o incremento da vacinação e a volta do uso de máscaras. O texto foi elaborado pelo Comitê Científico de Covid-19 e Infecções Respiratórias da entidade e assinado pelo presidente da SBI, Alberto Chebabo.

A nota alerta para o fato de as coberturas vacinais se encontrarem, todas, em níveis ainda insatisfatórios nos públicos-alvo. Além disso, os infectologistas recomendam às autoridades a aquisição de doses suficientes de vacina para imunizar todas as crianças de 6 meses a 5 anos de idade, independentemente da presença de comorbidades.

A sociedade científica pediu ainda a rápida aprovação e acesso às vacinas covid-19 bivalentes de segunda geração, atualizadas com as novas variantes, que estão atualmente em análise pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Outro ponto levantado pelos infectologistas foi a necessidade de disponibilizar nas redes pública e privada as medicações já aprovadas para o tratamento e prevenção da covid-19, como o paxlovid e o molnupiravir.

Por fim, a SBI defendeu a volta do uso de máscaras e do distanciamento social para evitar situações de aglomeração, principalmente pela população mais vulnerável, como idosos e imunossuprimidos.

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