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Hospital de SP oferece biópsia minimamente invasiva para rastrear câncer de próstata

Doença é a segunda mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele não-melanoma

A chegada de um novo equipamento permite que o Hospital Municipal Dr. Gilson de Cássia Marques de Carvalho – Vila Santa Catarina, em São Paulo, realize uma biópsia minimamente invasiva para o rastreamento de câncer de próstata. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), essa é a doença mais comum entre os homens no Brasil, ficando atrás apenas do câncer de pele não-melanoma.

Segundo a Prefeitura de São Paulo, o novo equipamento foi instalado no Centro de Alta Tecnologia em Diagnóstico e Intervenção Oncológica Bruno Covas em setembro deste ano. De lá para cá, funcionários passaram por treinamentos e já puderam aplicar a nova tecnologia nos exames de três pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).

O equipamento foi cedido Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, que administra o hospital. “A saúde de São Paulo está voltada para a prevenção de doenças e esse novo equipamento, cedido pelo Einstein ao nosso hospital, nos ajudará no diagnóstico preciso e com menor impacto aos nossos pacientes”, destacou Marilande Marcolin, secretária-executiva de Atenção Hospitalar.

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“Ainda que as ferramentas mais utilizadas para o rastreamento do câncer prostático sejam a dosagem do antígeno prostático específico (PSA) e o toque retal, a biópsia continua sendo a única maneira de se confirmar esse tipo de tumor”, explica Rodrigo Gobbo, diretor médico do Centro de Medicina Intervencionista do Hospital Israelita Albert Einstein.

Diferença entre a biópsia convencional e a minimamente invasiva

A biópsia convencional de próstata é feita através do reto do paciente, guiada por ultrassonografia, retirando-se pequenos fragmentos da próstata. Essa retirada é realizada de forma sistematizada, frequentemente aleatória, de modo que pequenos tumores iniciais ou lesões situadas em locais de difícil acesso à glândula podem não ser devidamente amostrados, podendo trazer resultados inadequados.

Diante desse cenário, a fusão da ressonância magnética (RM) com as imagens de ultrassom nesse novo método melhora a precisão da detecção de tumores de alto grau – ou seja, aqueles que têm evidências de progressão mais acelerada, e tendem a crescer e se disseminar mais rapidamente do que um câncer de baixo grau.

Isso porque, durante o procedimento, as imagens da ressonância magnética multiparamétrica da próstata (RMMP) previamente realizadas são carregadas em um dispositivo que as alinha com as imagens ultrassonográficas em tempo real, possibilitando que o médico direcione precisamente a ferramenta de biópsia para coletar amostras do tumor suspeito.

Além de minimamente invasiva, a biópsia de próstata por via transperineal guiada por fusão de imagem, por se tratar de uma via de acesso estéril e sem a necessidade perfuração do reto, também elimina a chance de potenciais complicações – entre elas o sangramento retal e infecções, que podem ser bastante graves, exigindo internação e a utilização de antibióticos.

Segundo Gobbo, a expectativa é de que o novo método se torne, em curto prazo, o padrão para esse tipo de procedimento para todos os pacientes que necessitem de tal diagnóstico, de acordo com publicações científicas atuais.

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