O ex-governador Luiz Antônio Fleury Filho, falecido nesta terça-feira, aos 73 anos, de causas não divulgadas, estava à frente do governo paulista quando ocorreu o famoso massacre do Carandiru, em 1992.
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Naquele ano, a Polícia Militar invadiu a penitenciária do Carandiru durante uma rebelião e matou 111 presos. A ordem para a invasão, segundo o Ministério Público, foi dada pelo tenente-coronel Ubiratan Guimarães. O ex-governador e o Secretário de Segurança Pública (SSP) da época, Pedro Franco Campos, nunca foram acusados ou investigados pelo massacre.
Guimarães, que comandava a tropa no momento da invasão, foi julgado em 2001 e sentenciado a 632 anos de prisão pela morte de 102 presos, mas nunca foi preso. Em 2006 ele se tornou deputado estadual e obteve o foro privilegiado, vindo a ser absolvido no mesmo ano pelo Tribunal de Justiça (TJ) em São Paulo. O deputado morreu em 2006, em seu apartamento. Sua namorada chegou a ser acusada, mas foi absolvida do crime.
NOTA DE FALECIMENTO
Nesta terça-feira, o MDB (antigo PMDB), partido pelo qual ele foi eleito e governo o estado de São Paulo entre 1991 e 1995, soltou uma nota informando o falecimento do ex-governador:
“Lamentamos a morte de Luiz Antônio Fleury Filho, que foi governador de São Paulo entre 1991 e 1994. Foi deputado, promotor Justiça e professor. Filiado ao MDB-SP, ele era membro da Executiva Estadual. Nossas condolências a familiares e amigos. Baleia Rossi, presidente do MDB.”