A Justiça do Rio de Janeiro decretou uma nova prisão preventiva para o ex-vereador e ex-policial militar Gabriel Monteiro pelos crimes de violação sexual mediante fraude e assédio sexual. Segundo as investigações, essas ações foram cometidas contra seus ex-assessores. O ex-parlamentar já está preso na Cadeia Pública Joaquim Ferreira de Souza, no Complexo de Gericinó, em Bangu, pelo estupro de uma vendedora.
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A nova prisão foi decretada pela juíza Simone de Faria Ferraz, da 43ª vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. A defesa de Monteiro já tentou um habeas corpus depois que ele teve a primeira prisão decretada, mas esse recurso foi negado.
O ex-vereador foi preso no último dia 7 acusado de estuprar a vendedora de 23 anos. De acordo com o Ministério Público, ele teria forçado a jovem a praticar relações após a inauguração de uma casa noturna, em 15 de julho, na Barra da Tijuca, na mesma região.
Em depoimento à polícia, a jovem contou que conheceu Monteiro na boate e que ele a levou até a casa de um amigo, onde foi violentada. Segundo ela, além da violência sexual, ele ainda a ameaçou com uma arma e a agrediu com tapas no rosto. O ex-policial militar ainda teria se recusado a usar preservativos, apesar dos pedidos insistentes dela. Um exame médico realizado após os fatos comprovou que a vítima foi infectada pelo vírus do HPV.
Gabriel Monteiro se apresentou à Justiça após ter a prisão decretada e passou por uma audiência de custódia, onde teve a detenção mantida. Ele foi levado para a Cadeia Pública Joaquim Ferreira de Souza, onde permanece à disposição da Justiça.
Outros dois casos
O ex-vereador também é investigado por outros dois casos envolvendo crimes sexuais. Um deles é contra uma assistente administrativa de 23 anos, que diz ter conhecido Monteiro pelas redes sociais. A mulher disse que foi a uma festa na casa dele no Condomínio Mansões, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, em junho do ano passado, quando ele a acariciou e beijou sem autorização. Depois, a obrigou a praticar sexo oral.
Ela disse que ficou muito assustada e ingeriu bebidas alcóolicas e apagou. Quando acordou, estava deitada no sofá com Monteiro, que estava nu. Ele voltou a tentar retirar as roupas dela, que se negou e pediu que ele parasse.
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Já o segundo caso envolve outra vendedora, também de 23 anos. A moça disse que o conheceu pelas redes sociais e, em junho de 2020, iniciaram um relacionamento. Em seguida, ela passou a trabalhar na campanha do ex-vereador no mesmo ano.
Foi quando ela voltava de um ato de campanha com ele, que a teria obrigado a manter relações sexuais no carro, na frente do motorista, enquanto eles seguiam pela ponte Rio-Niterói. Além disso, a vendedora afirmou que Monteiro sempre a oferecia aos seguranças para fazer sexo. Em uma das ocasiões, ele teria apertado seu pescoço contra a parede para que aceitasse suas vontades.
Ambos os casos seguem sendo investigados pelo 42ª Distrito Policial de Recreio dos Bandeirantes. A defesa do ex-parlamentar diz que desconhece essas denúncias.
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