O uso de máscaras de proteção contra a covid-19 volta a ser obrigatório no transporte coletivo de São Paulo a partir deste sábado (26). O governo e a prefeitura decidiram retomar a medida, após a recente alta de casos de coronavírus que se espalha por todo o país. O decreto oficial com a exigência para ônibus, trens e metrô foi publicado nesta sexta-feira (25).
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Uma análise do técnica do Conselho Gestor da Secretaria Estadual de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde apontou que, neste momento, a retomada das máscaras é fundamental para impedir o avanço dos casos de covid-19.
Assim, o governo estadual recomendou que todos os municípios paulistas também adotem a medida e também que orientem a população sobre a importância de concluir os ciclos vacinais contra o coronavírus.
“A velocidade de aumento de internações (5% ao dia para pacientes em UTI e 7% por dia para pacientes em enfermarias) e taxas de ocupação de leitos de UTI (44% no Estado de São Paulo e 59% na Região Metropolitana de São Paulo) é acentuada e começa a pressionar os sistemas de saúde público e privado”, afirmou em nota o Conselho Gestor.
A suspensão da obrigatoriedade do uso de máscaras estava em vigor há cerca de dois meses. Porém, segundo a análise técnica, o Estado registrou um aumento expressivo na transmissão do vírus, que se reflete principalmente nos indicadores de internações em leitos de enfermaria e UTI, que nos últimos 14 dias mostram crescimento de 156% e 97,5%, respectivamente, chegando a uma média diária de mais de 400 novas internações.
“Circulam atualmente diversas subvariantes da variante Ômicron, ainda com predominância da subvariante BA.5 e crescimento progressivo da casos relacionados à subvariante BQ1. As internações referem-se principalmente a pacientes mais idosos e/ou com comorbidades/imunodeprimidos, mais vulneráveis a descompensações e complicações relacionadas à infecção pelo Sars-Cov-2, o que permite prever aumento de óbitos nas próximas semanas”, destacou o Conselho Gestor.
Veja abaixo as recomendações feitas para todo o Estado:
- Reforçar com maior ênfase a necessidade de que todos os adultos com mais de 18 anos recebam as doses de reforço das vacinas. São 10 milhões de adultos que não tomaram a 1a dose de reforço e 7 milhões sem a 2ª dose de reforço, e a necessidade de aumentar a cobertura vacinal de crianças e adolescentes. Tem sido observado aumento de internações nesse grupo populacional e a vacinação é necessária e segura para proteger nossas crianças e adolescentes;
- Reforçar a necessidade de disponibilidade de tratamento com antivirais a pessoas com Covid-19 com sintomas leves ou moderados, especialmente nos grupos vulneráveis para evitar quadros graves que possam levar a internação e eventualmente a perda de vidas;
- Reiterar a recomendação de volta da obrigatoriedade de utilização de máscaras em situações de maior risco de transmissão do vírus, notadamente no transporte público, reforçando a necessidade de uso obrigatório de máscaras em serviços de saúde, incluindo farmácias, onde há maior probabilidade de pessoas sintomáticas procurarem testagem e medicamentos sintomáticos para quadros gripais;
- Recomendar o uso de máscaras para os grupos populacionais mais vulneráveis, incluindo os mais idosos e pessoas com comorbidades.
Aviões e aeroportos
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) determinou na última terça-feira (22) que o uso de máscaras também volta a ser obrigatório em aeroportos e voos no país. A medida já começa a valer nesta sexta-feira.
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Especialistas da Anvisa decidiram voltar com a exigência, pouco mais de três meses depois que ela foi derrubada. Eles explicaram que o uso de máscaras seguia sendo recomendação desde agosto para pessoas com sintomas gripais e para o público mais vulnerável, como imunocomprometidos, gestantes e idosos. Agora, essa obrigatoriedade se estende a todos os passageiros.
Assim, será obrigatório o uso de máscaras dentro dos terminais aeroportuários, meios de transporte e outros estabelecimentos localizados na área dos aeroportos, assim como nos aviões e durante voos nacionais e internacionais.
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