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Modelo que denunciou gordofobia em voo no Líbano consegue embarcar para o Brasil: “Finalmente”

Ela disse nas redes sociais que foi realocada após repercussão e deixou o país na quinta-feira

Ela foi impedida de seguir em voo
Juliana Nehme, de 38 anos, que denunciou gordofobia por parte da Qatar Airways é realocada em voo e volta ao Brasil (Reprodução/Instagram @juliananehme)

A modelo pluz size e influenciadora digital paulista Juliana Nehme, de 38 anos, que denunciou nas redes sociais que foi vítima de gordofobia por parte da empresa aérea Qatar Airways, no Líbano, conseguiu embarcar com destino ao Brasil no fim da tarde de quinta-feira (24). A paulista disse que foi impedida de seguir em uma conexão para Doha, ao lado de familiares, por causa do seu peso. Depois da repercussão do caso, ela foi realocada pela companhia aérea.

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“Tudo aconteceu muito rápido. Estava na casa da embaixada, quando me disseram que teria de vir ao aeroporto. Finalmente a Qatar cedeu e aceitaram que eu e minha mãe fizéssemos a viagem sem pagar a multa e assento extra, graças a Deus. Quero agradecer todo mundo que me ajudou, a embaixada também. Não tenho palavras. Vou orar por cada um. Amanhã [esta sexta-feira] estarei em São Paulo”, disse ela em postagem no seu Instagram.

Juliana denunciou nas redes sociais que foi impedida de embarcar na quarta-feira (23) em um voo de conexão para Doha, onde depois seguiria para o Brasil, por ter sido considerada “gorda demais” para o assento que já tinha sido comprado.

“A aeromoça da Qatar disse que eu não posso embarcar porque eu sou muito gorda e não tenho direito a essa passagem. Estou eu, a minha mãe, a minha irmã e meu sobrinho, nós pagamos 4 mil dólares (cerca de R$ 21 mil) por essas passagens. Agora, ela simplesmente se nega a dar as passagens e a me deixar embarcar no voo para Doha e de lá para São Paulo porque sou gorda. Agora, o que eu vou fazer?”, relatou ela.

Segundo a paulista, a empresa alegou que ela não teria direito à passagem, que já havia sido comprada no valor de US$ 1 mil (aproximadamente R$ 6 mil), pois, para embarcar, precisaria de uma passagem executiva, que custa US$ 3 mil, ou de duas passagens normais para “caber no assento”.

Revoltada, a modelo entrou em contato com o Consulado Brasileiro e foi informada que poderia comprar um assento extra para viajar, mesmo tendo que pagar uma multa por não ter voado na data marcada. Entretanto, ao contatar a agência de turismo responsável pela venda da viagem, soube que era difícil conseguir a compra e acabou ficando retida naquele país.

Assim, ela reclamou nas redes sociais e, após a repercussão do caso, acabou sendo realocada em outro voo, sem precisar pagar multas ou por um assento na classe executiva.

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O que disse a empresa?

Em nota, a Qatar Airways disse, na quinta-feira, que a modelo foi agressiva com os funcionários e que ela foi impedida de voar por falta da apresentação de documentos.

“A Qatar Airways trata todos os passageiros com respeito e dignidade e, de acordo com as práticas da indústria e de forma semelhante à maioria das companhias aéreas, qualquer pessoa que impossibilite o espaço de um outro passageiro e não consiga prender o cinto de segurança ou abaixar os apoios de braço pode ser solicitada a comprar um assento adicional tanto como uma precaução de segurança quanto para o conforto de todos os passageiros”, destacou a empresa.

“A passageira em questão no Aeroporto de Beirute foi inicialmente extremamente rude e agressiva com a equipe de check-in quando um de seus acompanhantes não apresentou a documentação PCR necessária para entrada no Brasil. Como resultado, a segurança do aeroporto foi solicitada a intervir, pois funcionários e passageiros estavam extremamente preocupados com a situação. Podemos confirmar que a passageira já foi realocada em um voo da Qatar Airways esta noite [quinta-feira] saindo do Líbano com destino ao Brasil”, destacou no texto.

Ela diz que foi impedida de voar causa do peso
Modelo Juliana Nehme negou ter sido agressiva com funcionárias da Qatar Airways e reforçou ter sido vítima de gordofobia (Reprodução/Instagram)

No entanto, em seus stories no Instagram, Juliana rebateu a acusação da companhia aérea.

“Quanto a acusação de que fui grossa e briguei com as atendentes, é mentira. Estão tentando camuflar tudo o que fizeram comigo. Pediram o PCR do meu sobrinho e minha mãe foi e fez na mesma hora. Ficou pronto em minutos e entregamos para ela [funcionária]. Em seguida, foi quando tudo começou. Ela me disse que não era bem-vinda no voo porque eu era gorda. O resto vocês já sabem”, relatou a modelo.

Enquanto estava retira no Líbano, recebeu apoio jurídico do projeto “Gorda Na Lei”, que buscou ajudá-la a resolver a situação.

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