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Atirador de Aracruz evitava contato visual, relatam vizinhos; veja como era a rotina do adolescente e sua família

Quatro pessoas morreram e 13 ficaram feridas durante ataques a escolas na sexta-feira passada

Ele segue apreendido
Adolescente de 16 anos matou quatro pessoas e deixou 13 feridas em duas escolas, em Aracruz, no ES (Reprodução/Redes sociais)

O adolescente que matou quatro pessoas e feriu outras 13 durante ataques cometidos contra duas escolas em Aracruz, no Espírito Santo, costumava desviar o olhar se alguém o cumprimentava ou evitava contato visual usando óculos escuros, relataram vizinhos próximos da casa da família ouvidos pelo “UOL”.

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Segundo a reportagem do portal de notícias, o jovem tinha o hábito de se exercitar em uma academia comunitária perto de sua casa ou de andar de moto pelas ruas da região. Era comum também vê-lo fazendo corridas ou caminhadas ao lado do pai, policial militar.

Seu pai, aliás, era um dos dois únicos contatos salvos no celular do atirador. Segundo o delegado André Jaretta, responsável pela investigação, estavam registrados apenas “pai” e “mãe” no aparelho apreendido pela polícia. Vale dizer que, diferentemente do pai, a mãe - professora aposentada - foi descrita como uma pessoa mais reservada.

Ainda segundo o “UOL”, a pandemia da covid-19 teria feito com que o garoto se isolasse ainda mais.

O adolescente era considerado um bom aluno, mas, segundo a polícia, deixou a escola estadual Primo Bitti em junho deste ano a pedido dos pais. O local foi um de seus alvos na semana passada.

Quanto à interação com outros de sua idade, um garoto contou à reportagem que jogava futebol com o atirador quando eles eram menores. O vizinho disse ter percebido a mudança de comportamento com o passar dos anos. “Não falava com ninguém”, lembra.

Os ataques

O caso aconteceu na manhã da última sexta-feira (25). Primeiro o menor invadiu a Escola Estadual Primo Bitti e, em seguida, a escola particular CEPC. Um vídeo que circula nas redes sociais mostrou o momento em que o atirador entrou em uma das unidades de ensino e os momentos de terror vividos por funcionários e alunos tentando fugir do massacre.

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Ele matou as professoras Maria Penha Pereira de Melo Banhos, 48 anos; Cybelle Passos Bezerra, de 45; Flavia Amoss Merçon Leonardo, de 38; e a estudante Selena Zagrillo, 12 anos.

O menor vai responder por ato infracional análogo a três homicídios e a 10 tentativas de homicídio qualificadas. Isso porque os últimos três feridos se machucaram na correria e não foram baleados.

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