O ajudante de pedreiro Reidimar Silva, de 31 anos, foi preso e confessou ter sequestrado e matado a menina Luana Alves, de 12 anos, em Goiânia, Goiás. Em um vídeo, o homem aparece contando aos policiais que tentou estuprar a garota, mas, como ela reagiu, ele a matou enforcada e depois a enterrou no quintal de casa (veja abaixo). A Polícia Civil acredita que o homem possa ser um serial killer.
Luana estava desaparecida desde o domingo (27), quando saiu de casa no Setor Madre Germana 2 para ir até uma padaria. Câmeras de segurança de imóveis do bairro chegaram a registrar a movimentação da estudante pelas ruas carregando uma sacola. No entanto, a menina não voltou mais para casa e os familiares procuraram a polícia para denunciar o sumiço dela.
O caso passou a ser investigado e os policiais encontraram imagens que mostraram um carro passando na rua no mesmo momento em que a garota. Por meio da placa, o veículo foi localizado e passou por uma perícia, mas Luana seguia desaparecida. No entanto, a investigação chegou até Reidimar, que logo confessou o crime.
Conforme a polícia, o ajudante de pedreiro contou que avistou a menina andando sozinha e a convenceu a entrar no carro dele dizendo que devia um dinheiro para a mãe dela e que iria pagar. Em seguida, ele a levou para a casa dele, onde tentou estuprá-la. A menina reagiu, momento em que o homem a enforcou até a morte.
Depois, Reidimar disse que queimou o corpo de Luana, para dificultar uma possível identificação, e enterrou no quintal de casa. Depois, jogou cimento por cima. No vídeo ele indica aos policiais o local onde ela estava.
O corpo da menina foi retirado do local e enviado para perícia. Ele será submetido a um exame de DNA ou arcada dentária para que a identidade seja, de fato, confirmada.
Já o ajudante de pedreiro segue preso na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) e deve responder por estupro de vulnerável tentado, homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Somadas, as penas podem passar de 30 anos de prisão.
Possível serial killer
A delegada Caroline Borges, responsável pelo caso na DPCA, disse que ficou revoltada com a confissão do assassino, que já tinha antecedentes criminais por roubo e estupro. “Cada caso que a gente pega, a gente acha que não tem o pior, mas esse foi com requintes de crueldade, sem motivação e sem razões para isso”, lamentou ela.
A investigadora disse, em entrevista ao site G1, que o homem alegou que estava sob efeito de drogas ao cometer o crime. No entanto, para ela, há indícios de que ele já tenha cometido outros crimes semelhantes.
“Acredito que esse tipo de situação não é um crime só, não tem motivação, não tem explicação para um crime desse, então acredito que possa sim ser um serial, em razão do modus operandi dele”, explicou a delegada.
Há ainda a suspeita de que ele tenha estuprado outra mulher no mesmo dia em que sequestrou Luana. “Chegou uma informação de que uma vítima teria reconhecido ele. Uma vítima de estupro que aconteceu no domingo, horas antes”, detalhou a delegada.
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