A Polícia Civil de Goiás vai incluir o DNA do ajudante de pedreiro Reidimar Silva, de 31 anos, que confessou ter matado e enterrado no quintal de casa o corpo da estudante Luana Alves, de 12, em Goiânia, Goiás, no Banco Nacional de Perfis Genéticos. O objetivo da medida é identificar se o homem fez outras vítimas. A delegada Caroline Borges, responsável pelas investigações na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), suspeita que ele seja um serial killer.
ANÚNCIO
“Ele, certo de que estaria impune, bem como teria sido capaz de desfazer de todos os vestígios, disse que forneceria material genético. Então ele forneceu material genético. Colocando isso no Banco Nacional, é possível vincular o material dele a algum estupro sem autoria”, disse a delegada em entrevista ao site G1.
Conforme a investigadora, Reidmar alegou que estava sob efeito de drogas ao matar e enterrar o corpo de Luana. No entanto, para ela, há indícios de que ele já tenha cometido outros crimes semelhantes.
“Acredito que esse tipo de situação não é um crime só, não tem motivação, não tem explicação para um crime desse, então acredito que possa sim ser um serial, em razão do modus operandi dele”, explicou a delegada.
Há ainda a suspeita de que ele tenha estuprado outra mulher no mesmo dia em que sequestrou e matou a estudante. “Chegou uma informação de que uma vítima teria reconhecido ele. Uma vítima de estupro que aconteceu no domingo, horas antes”, detalhou Caroline.
Reidimar já cumpriu penas roubo e receptação e chegou a ser investigado por estupro, em 2015, mas foi absolvido por falta de provas. Agora, após confessar que tentou estuprar Luana e a matar quando ela reagiu, ele deve responder por estupro de vulnerável tentado, homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
O homem passou por uma audiência de custódia na quarta-feira (30), quando teve a prisão preventiva mantida pela Justiça.
ANÚNCIO
Banco Nacional de Perfis Genéticos
Administradora do Banco de Perfis Genéticos da Superintendência da Polícia Técnico-Científica de Goiás (SPCT), Mariana Mota explicou que os exames de DNA de Reidimar ainda estão em andamento, mas serão inseridos no sistema assim que forem finalizados.
“Após a inserção, o Banco realiza uma busca com todos os perfis de vestígios já inseridos. Caso haja coincidência com algum perfil, o Banco reporta essa coincidência (match) e eu faço um Laudo para a Polícia Civil, informando o match”, detalhou ela ao G1.
Mariana completou que serão realizadas buscas com perfis de vestígios em todo o Brasil. “Se ele tiver cometido crime em outro ou outros estados, isso também será reportado, pelo Banco Nacional”, explicou.
Morte de Luana
Luana estava desaparecida desde o domingo (27), quando saiu de casa no Setor Madre Germana 2 para ir até uma padaria. Câmeras de segurança de imóveis do bairro chegaram a registrar a movimentação da estudante pelas ruas carregando uma sacola. No entanto, a menina não voltou mais para casa e os familiares procuraram a polícia para denunciar o sumiço dela.
O caso passou a ser investigado e os policiais encontraram imagens que mostraram um carro passando na rua no mesmo momento em que a garota. Por meio da placa, o veículo foi localizado e passou por uma perícia, mas Luana seguia desaparecida. No entanto, a investigação chegou até Reidimar, que logo confessou o crime.
Conforme a polícia, o ajudante de pedreiro contou que avistou a menina andando sozinha e a convenceu a entrar no carro dele dizendo que devia um dinheiro para a mãe dela e que iria pagar. Em seguida, ele a levou para a casa dele, onde tentou estuprá-la. A menina reagiu, momento em que o homem a enforcou até a morte.
Depois, Reidimar disse que queimou o corpo de Luana, para dificultar uma possível identificação, e enterrou no quintal de casa. Depois, jogou cimento por cima. Em um vídeo, ele indicou aos policiais o local onde ela estava (veja abaixo).
O corpo da menina foi retirado do local e enviado para perícia. Ele será submetido a um exame de DNA ou arcada dentária para que a identidade seja, de fato, confirmada.
LEIA TAMBÉM: