Foco

Anestesista que estuprou grávida em trabalho de parto desligou aviso sonoro de monitoramento, revelam novas imagens

Julgamento de Giovanni Quintella Bezerra começa no dia 12 deste mês

Médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra aguarda julgamento no Rio de Janeiro (Reprodução/Redes sociais)

Trechos inéditos do vídeo usado como prova para prender em flagrante o anestesista Giovanni Quintella Bezerra, denunciado por estuprar uma mulher durante o parto no centro cirúrgico do Hospital da Mulher Heloneida Studart, no Rio de Janeiro, em julho desse ano, foram revelados no último domingo (4) pelo “Fantástico”, da TV Globo.

ANÚNCIO

As cenas mostram que Giovanni colocou em risco a vida da paciente para abusar da vítima. Isso porque desligou o aviso sonoro de monitoramento da paciente.

De acordo com o inquérito, Giovanni fez sete aplicações de sedativos na gestante. Os peritos dizem que a quantidade de anestésicos extrapolou o que é normalmente utilizado em uma cesariana.

No vídeo, é possível ouvir que alarmes sonoros começam a disparar. Ainda de acordo com a perícia, os alarmes são do monitor multiparâmetro, que podem corresponder à queda de saturação de oxigênio da paciente. Além da alta sedação e da falta de máscara de oxigênio, Giovanni ainda obstruiu as vias aéreas da vítima.

O barulho chama a atenção dos médicos na sala de parto, e o anestesista desativa o sinal sonoro, enquanto continua o estupro.

As imagens foram registradas por um celular escondido em um armário. A defesa do anestesista alegou que a captação foi ilegal, porque foi produzida sem conhecimento dos envolvidos e sem autorização da Polícia ou do Ministério Público. A Justiça, contudo, reforçou que crimes dessa natureza quase sempre são cometidos às escondidas, destacou o fato de a vítima estar sedada e disse que a captação foi feita por profissionais de saúde, que tinham o dever de proteger a mulher grávida.

O julgamento

O julgamento de Giovanni começa no dia 12 deste mês. Ele vai responder por estupro de vulnerável.

ANÚNCIO

A audiência de instrução e julgamento pode durar no máximo 60 dias. Enquanto isso, o anestesista aguarda a decisão da Justiça em uma cela individual do pavilhão 8 de Bangu, destinado a detentos com curso superior. Ele está isolado por conta de ameaças.

LEIA TAMBÉM:

ANÚNCIO

Tags


Últimas Notícias