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Chutes, socos e agressões com pedaços de madeira: dupla é cruelmente torturada por furtar picanha em supermercado

Polícia investiga o caso, que aconteceu no RS; câmeras flagraram ação em depósito

Dupla é torturada por furtar picanha em supermercado em RS
Dupla é torturada por furtar picanha em supermercado em RS (Reprodução/RBS TV)

Dois homens foram cruelmente torturados no depósito de um supermercado de Canoas, no Rio Grande do Sul, por 45 minutos. A Delegacia de Homicídios da Polícia Civil da cidade investiga o caso.

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O caso aconteceu no dia 12 de outubro. A polícia soube da ocorrência porque uma das vítimas deu entrada no Hospital de Pronto Socorro da capital Porto Alegre com ferimentos graves. Ele tinha diversas fraturas no rosto e na cabeça e precisou ser colocado em coma induzido. Um parente, então, contou para os agentes que o homem tinha sido espancado em um supermercado.

De acordo com o delegado Robertho Peternelli, citado pelo “G1, ″a dupla teria furtado dois pacotes de picanha. Após o flagra, foram espancados. Entre os suspeitos estão cinco seguranças, o gerente e o subgerente do estabelecimento.

Até agora, dois dos cinco seguranças foram identificados, mas a polícia não divulgou os nomes deles. Imagens de câmeras de segurança flagraram toda a ação.

“Os cinco seguranças e o gerente devem ser indiciados por tortura e ocultação das provas. O subgerente por tortura e omissão. A polícia investiga indícios de outro crime, extorsão mediante sequestro, porque eles só foram liberadas depois do pagamento de R$ 644 exigido pelos agressores”, disse o delegado, informou o “G1″.

Em nota, a rede Unisuper informou que “repudiamos veementemente qualquer ato de violência ou de violação dos Direitos Humanos” e que está “integralmente à disposição das autoridades para fornecer todas as informações solicitadas”. 

A empresa Glock, que presta serviço ao supermercado, disse em nota que só vai se manifestar em juízo, assim como os advogados do gerente Adriano Dias e do subgerente Jairo da Veiga.

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As agressões

As imagens do depósito, conforme descreve o “G1″, mostram pelo menos dois homens armados. Um homem de casaco azul é conduzido por um segurança. Ele retira dois pacotes de carne que estavam escondidos na roupa e os entrega ao gerente. Logo o segurança o agride com um soco e uma rasteira.

Um dos seguranças se aproxima, faz ameaças e desfere outros golpes. O gerente e o subgerente assistem. Em um determinado momento, o gerente sai do alcance da câmera e depois volta com um martelo.

O primeiro segurança retoma o interrogatório. Surge um segundo segurança, de camisa amarela. Os dois agridem o homem com chutes. O grupo se afasta e volta várias vezes.

Segundo as investigações, a vítima contou aos seguranças que um parceiro estava no estacionamento do supermercado. Uma das câmeras mostra, então, um segurança de camisa amarela saindo do estacionamento e voltando com a segunda vítima. Ele é obrigado a sentar ao lado da primeira vítima. A tortura recomeça.

As luzes do depósito do supermercado são apagadas, mas a câmera registra que as agressões continuam, inclusive com pedaços de madeira.

As luzes são acesas novamente. O gerente e o segurança que está de casaco riem da situação.

Os suspeitos chegaram ainda a fotografar as vítimas. Terminas as agressões, os cinco seguranças voltaram ao depósito e posaram para uma foto, tirada pelo gerente do supermercado.

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