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Dois PMs da ativa e um aposentado participaram de tortura em supermercado, diz Polícia Civil; 7 são investigados

Dois suspeitos de roubar carne foram cruelmente espantados por 45 minutos no RS. Cenas foram gravadas.

Três policiais militares participaram da tortura de dois suspeitos de furtar pacotes de picanha em um supermercado em Canoas, no Rio Grande do Sul. De acordo com a Polícia Civil, dois são militares da ativa e um aposentado. Ao todo, sete pessoas são investigadas pelo crime.

Segundo o “G1″, a identificação ocorreu depois que os três PMs se apresentaram na delegacia nesta terça-feira (6). Eles atuavam como seguranças para a empresa que prestava serviço ao estabelecimento comercial.

Em nota, a Brigada Militar informou que, após tomar conhecimento da participação dos policiais, “a Corporação instaurou Inquérito Policial Militar, no intuito de elucidar os fatos e as devidas responsabilizações. As diligências estão a cargo do Comando de Policiamento Metropolitano e da Corregedoria-Geral da Brigada Militar.”

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Os envolvidos no caso são: cinco seguranças da empresa de vigilância patrimonial Glock e dois funcionários do supermercado - o gerente e o subgerente.

O caso

Dois homens foram cruelmente torturados no depósito de um supermercado por 45 minutos no dia 12 de outubro. A dupla teria furtado dois pacotes de picanha. Após o flagra, foram espancados.

A polícia soube da ocorrência porque uma das vítimas deu entrada no Hospital de Pronto Socorro da capital Porto Alegre com ferimentos graves. Ele tinha diversas fraturas no rosto e na cabeça e precisou ser colocado em coma induzido. Um parente, então, contou para os agentes o que havia acontecido.

Em nota, a rede Unisuper disse: “Repudiamos veementemente qualquer ato de violência ou de violação dos Direitos Humanos” e que está “integralmente à disposição das autoridades para fornecer todas as informações solicitadas”.

A empresa Glock, que prestava serviço ao supermercado, disse em nota que só vai se manifestar em juízo, assim como os advogados do gerente e do subgerente.

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