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Dados para se envergonhar: uma mulher ou uma menina é estuprada a cada 9 minutos no Brasil

De acordo com levantamento, entre janeiro e junho deste ano, 29.285 foram vítimas desse tipo de crime

Feminicídio bate recorde no 1º semestre de 2022 (Foto: Reprodução)

Uma mulher ou uma menina é estuprada a cada 9 minutos em média no Brasil, revelaram dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública obtidos com pelo G1, GloboNews e TV Globo. De acordo com o levantamento, entre janeiro e junho deste ano, 29.285 foram vítimas desse tipo de crime.

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Os registros representam crescimento de 12,5% no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2021.

Segundo o estudo exclusivo, “os números parecem voltar aos padrões pré-pandemia”. “Em 2020, em especial nos primeiros meses de isolamento social, as notificações deste crime às autoridades policiais caíram substancialmente”, diz o relatório.

No primeiro semestre de 2019, o País registrou 29.814 estupros ou estupros de vulnerável. No mesmo período de 2020, foram 25.169. Entre janeiro e junho de 2021, foram 28.035.

Raio-x

A reportagem trouxe ainda um “raio-x do estupro”, com base nos dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública referentes a 2021.

Dentre as informações destacadas, é possível entender que 88,2% das vítimas de estupro e estupro de vulnerável eram do sexo feminino; 75,5% delas eram consideradas vulneráveis, ou seja, incapazes de consentir; o pico da vitimização ocorre entre os 10 e 13 anos; e em cerca de 79,6% dos casos o autor era conhecido da vítima.

Feminicídio

O levantamento também trouxe recortes importantes sobre casos de feminicídio. No primeiro semestre de 2022, 699 mulheres foram vítimas do crime no Brasil, uma média de quatro mulheres por dia.

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Vale dizer que o número é o maior já registrado em um semestre e ocorre no momento houve o menor valor destinado às políticas de enfrentamento à violência contra a mulher no País.

Dentre as regiões, a Norte foi a que apresentou maior crescimento no primeiro semestre dos últimos quatro anos, com aumento de 75%. Já dentre as unidades da federação, Rondônia teve o maior aumento, 225%.

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