O ex-lutador profissional de MMA e dono de academia Luis Paulo Lima dos Santos, que foi preso por matar a esposa, a professora Ellida Ferreira, de 26 anos, chorou ao ser interrogado pela polícia e disse o crime ocorreu após uma briga por ciúmes. Após atirar quatro vezes contra a vítima, o homem retirou o corpo dela do apartamento em que moravam em um carrinho de compras. Depois, jogou em um córrego no Parque do Carmo, na Zona Leste de São Paulo.
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Ellida foi vista com vida pela última vez no último dia 4 de novembro. Na ocasião, ela apareceu em imagens de câmeras de segurança entrando no prédio em que morava, na Vila Matilde, também na Zona Leste, por volta das 21h30. No dia seguinte, pouco antes das 21h, Luis Paulo apareceu no saguão com um carrinho de compras vazio. Quatro minutos depois, ele voltou a ser filmado carregando o equipamento, já coberto com lençóis.
Segundo a polícia, o corpo de Ellida estava ali. Em seguida, ele colocou a vítima no carro e só deixou o local na madrugada do dia 6 de novembro. Horas depois, ele voltou para casa segurando o filho do casal, de seis meses.
No dia seguinte, o ex-lutador esteve em uma delegacia, onde registrou um boletim de ocorrência sobre o desaparecimento da esposa. Na ocasião, ele disse que ela saiu de casa para ir até a Rodoviária do Tietê, na Zona Norte da capital, onde deveria embarcar em um ônibus com destino a Campinas, no interior, onde visitaria a mãe. No entanto, ela não chegou ao destino.
No entanto, na mesma data, policiais militares encontraram o corpo da professora dentro de um saco plástico, nas proximidades de um córrego, em Itaquera. Ele e a vítima estavam casados há um ano.
Motivação do crime
Luis Paulo foi interrogado pela polícia e revelou que o casal tinha o hobby de atirar pelo menos uma vez por mês, assim, sabiam manusear armas. No entanto, depois que o bebê deles nasceu, as brigas começaram a ficar mais intensas. No dia do crime, Ellida teria pegado o revólver e apontado para o marido, suspeitando de que ele a tivesse traído.
O lutador disse que essa mesma cena já tinha ocorrido antes e que, com medo, ele acabou tirando a arma da mão dela e atirou quatro vezes. Segundo ele, fez isso “para se defender”.
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Ao ser questionado sobre sua licença de tiro esportivo e sobre ter cometido o assassinato da esposa na frente do filho, ele começou a chorar e não quis mais falar.
O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil como feminicídio. Os projéteis retirados do corpo de Ellida foram encaminhados para perícia e os laudos ainda são aguardados.
O bebê do casal está sob a guarda da família da professora, após uma decisão da Justiça.
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