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‘Gatinha da Cracolândia’ é solta e vai responder a condenação por tráfico de drogas em liberdade

Ela terá que comparecer em juízo e também foi proibida de frequentar determinados locais

A influenciadora digital Lorraine Cutier Bauer Romeiro, conhecida como “Gatinha da Cracolândia”, obteve um habeas corpus na terça-feira (13) e foi solta do presídio, em São Paulo. Ela vai responder em liberdade ao processo por tráfico de drogas, mas terá que cumprir medidas cautelares, como comparecer em juízo sempre que for chamada e a proibição de frequentar determinados lugares.

Em abril passado, Lorraine foi condenada há cinco anos de prisão em regime fechado por tráfico. A defesa dela entrou com um pedido de soltura junto ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ), usando como base uma decisão dada anteriormente pelo órgão a outro réu. Assim, o caso dela foi analisado e o habeas corpus concedido.

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Lorraine foi presa no dia 22 de julho do ano passado no município de Barueri, na Grande São Paulo, durante a Operação Carontes da Polícia Civil. Ao ser levada, a polícia diz que ela confessou que tinha entorpecentes escondidos em um hotel na região da Cracolândia.

A jovem já cumpria prisão domiciliar desde o dia 30 de junho de 2021 por causa de outra acusação de tráfico, mas voltou a ser flagrada pelos policiais comercializando as drogas e teve o pedido de prisão feito pelas autoridades. No dia seguinte, a prisão dela foi convertida de temporária para preventiva.

No último dia 27 de setembro daquele ano, a Justiça negou um pedido de revogação da prisão preventiva de Lorraine. Na ocasião, o juiz Gerdinaldo Quichaba Costa, também da 13ª Vara Criminal de São Paulo, disse que ainda estavam presentes os requisitos da prisão preventiva “uma vez que a acusada foi presa em flagrante pelo crime de tráfico de drogas, sendo que já respondia outro processo em relação ao mesmo delito.”

O juiz destacou, ainda, que não era cabível a conversão da prisão preventiva em domiciliar, uma vez que Lorraine descumpriu o mesmo benefício em outro processo.

Em agosto de 2021, a Justiça já havia negado outro pedido de prisão domiciliar para Lorraine. A defesa, então, recorreu à segunda instância, com o pedido de liberdade, mas que também foi negado.

Na ocasião, o advogado da jovem tinha ingressado com um pedido para que a prisão dela por tráfico fosse convertida em domiciliar, já que ela tem uma filha ainda bebê. O caso também foi julgado improcedente.

Lucro de R$ 6 mil por dia

De acordo com as investigações, Lorraine lucrava, em média, R$ 6 mil por dia com tráfico de drogas no Centro de São Paulo. Ela pegava um quilo por cerca de R$ 21 mil o vendia por até R$ 35 mil.

Imagens de um relatório da investigação mostram a jovem vendendo drogas dentro de tendas na Cracolândia, ao lado do namorado. Segundo a polícia, ela também era responsável por levar os entorpecentes para abastecer os locais onde eles eram escondidos. Para não chamar a atenção, usava roupas escuras e com capuz na cabeça.

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O namorado dela foi preso em junho do ano passado e, desde então, a jovem teria assumido o comando do comércio de drogas. A investigação aponta que ela era quem fazia os repasses de dinheiro ao PCC, organizava onde os entorpecentes seriam escondidos e ia diretamente para as tendas para atender o “fluxo” de usuários.

A jovem confessou em audiências ao longo do processo que entregava drogas, mas sempre negou ser uma das líderes do grupo.

Influencer

Moradora de uma casa comum em Barueri, Lorraine aparece nos relatórios da polícia com o codinome de Lo Bauer. Nas redes sociais, ela aparentava uma vida confortável.

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Antes de ser presa duas vezes por tráfico de drogas em menos de um mês, a jovem branca e loira era seguida por mais de 50 mil pessoas no Instagram e postava fotos em poses sensuais em locais paradisíacos, com praias ou cachoeiras.

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