Um empresário foi preso na noite do último sábado (24), véspera de Natal, com um arsenal de armas e bombas na capital federal. Ele confessou ter colocado uma bomba em um caminhão-tanque perto do aeroporto de Brasília.
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O homem é do Pará, tem 54 anos e faz parte do grupo acampado em frente ao Quartel General do Exército. Ele confessou que pretendia cometer um atentado para chamar atenção do movimento de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro que quer impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva.
Motorista percebeu artefato
A PM (Polícia Militar) foi acionada pelo motorista do caminhão onde o artefato estava instalado após ele perceber a presença do objeto estranho no veículo.
Os militares interditaram o local, e integrantes do esquadrão de bombas do Bope (Batalhão de Operações Especiais) da PM confirmaram que se tratava de um explosivo.
Em entrevista coletiva, o delegado-geral da Polícia Civil, Robson Candido, não deu detalhes de como a corporação chegou ao empresário, mas disse que houve um trabalho de inteligência.
Itens encontrados
Além de revólveres, outros cinco artefatos explosivos e uniformes camuflados, foram localizados os seguintes itens no apartamento onde George estava:
- 1 fuzil AR10;
- 2 espingardas calibre 12;
- 30 cartelas de munição 357 magnum;
- 39 cartelas de munição 9 mm, contendo 10 munições intactas não deflagradas;
- 2 caixas contendo 50 munições de 9 mm.
Segundo a Polícia Civil, George tinha registro como Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador, mas o documento estava atualmente em situação irregular.
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Motivação política
O delegado-geral da PCDF classificou o ato como “extremismo político”. “O que ele fala é que queria, o grupo dele, queria e gostaria de chamar atenção, justamente para ir para o aeroporto, explodir lá esse artefato, justamente para causar um tumulto dentro da nossa cidade, com esse motivo ideológico deles, político.”
Em depoimento, George Washington alegou que queria “dar início ao caos” para provocar a decretação de estado de sítio no País.
A polícia afirmou ainda que, inicialmente, o plano era instalar o explosivo em um poste. No entanto, o material acabou colocado no caminhão por uma outra pessoa, que não era o preso. O explosivo chegou a ser detonado, mas não funcionou.
A polícia afirma já ter certeza do envolvimento de outras pessoas no crime. Um outro suspeito já teria sido identificado.
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