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Governador do Rio Grande do Sul ‘inaugura’ novo título: “primeiro-cavalheiro”

Eduardo Leite (PSDB), porém, não é o primeiro homossexual a se tornar governador

As cerimônias de posse do último domingo (1º) foram cheias de surpresas e quebras de protocolos. Além da posse presidencial de Lula, outra chamou a atenção dos internautas: a celebração que empossou o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB).

Isso porque essa é a primeira vez que um governador eleito se apresenta ao público como um homem homossexual. Embora seja a segunda vez que Leite ocupe o cargo mais alto do Executivo gaúcho, o político só revelou ao povo sua orientação sexual em julho de 2021, em uma entrevista ao jornalista Pedro Bial, da TV Globo.

Na mesma ocasião, ele assumiu estar em um relacionamento sério: o namorado é o médico pediatra Thalis Bolzan. Natural do Espírito Santo, ele mora em São Paulo, onde se decida à endocrinologia pediátrica pela Faculdade de Medicina da USP.

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Por conta disso, muita gente começou a se perguntar como se referir ao namorado do governador do estado sulista.

O título de primeira-dama, dado às esposas de chefes do Executivo, não está vinculado ao casamento - ou seja, Bolzan já pode ser chamado pela população de primeiro-cavalheiro.

Ao longo da campanha eleitoral, Leite sofreu ataques de seu adversário, Onyx Lorenzoni (PL), que disse que só com ele o Rio Grande do Sul teria “um governador e uma primeira dama de verdade”.

Outros homens já foram primeiros-cavalheiros

Apesar do ineditismo em relação ao casal homoafetivo, essa não é a primeira vez que um homem “ocupa” o cargo no país: o Brasil já elegeu, desde a redemocratização em 1988, um total de 10 governadoras mulheres.

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Contudo, Bolzan é o único primeiro-cavalheiro atualmente, apesar de dois estados serem chefiados por mulheres: Pernambuco, com Raquel Lyra (PSDB) e Rio Grande do Norte, com Fátima Bezerra (PT).

A primeira é viúva: até o primeiro turno das eleições 2022, dia 2 de outubro, ela era casada com o empresário Fernando Lucena, que teve um mal súbito na manhã das eleições.

Já a segunda é solteira e lésbica, tendo sido ela a primeira pessoa homossexual eleita para um cargo no Executivo brasileiro, antes de Eduardo Leite - que foi o primeiro homem.

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