Um jovem de 29 anos, morador de São Paulo, foi surpreendido ao sentir dores no estômago e, a partir delas, se deparar com a necessidade de ser submetido a um transplante de coração.
ANÚNCIO
A história de Jhonatan De Martine foi contada pelo “O Globo”. O rapaz, segundo a reportagem, fazia exames de rotina com frequência e praticava exercícios físicos regularmente. Em setembro de 2021, testou positivo para a covid-19 e teve sintomas leves. Meses depois, porém, descobriu que tinha apenas 16% do coração funcionando.
Jhonatan voltava de uma festa, em janeiro do ano passado, quando começou a sentir dores no estômago e dificuldade para respirar. Foi ao médico, tomou remédios e voltou para casa. Três dias depois, as dores retornaram, e uma jornada de meses de tratamentos intensivos teve início, culminando em um transplante de coração.
Uma ressonância magnética mostrou que o coração do jovem havia aumentado, cicatrizado e não seria capaz de voltar ao normal. Ele foi encaminhado ao Incor (Instituto do Coração) e ouviu que seu caso exigia um transplante. O mais curioso é que ninguém sabia a causa do problema. Teorias apontam que a covid-19 pode ter deixado sequelas e provocado o quadro.
Corações rejeitados
A chegada do novo coração foi cercada de expectativas e aprendizados. “Um transplante de coração tem várias etapas, mas uma delas é que o paciente tem que ter morrido de morte encefálica, o coração deve estar batendo. Depois, é preciso ver o tamanho do coração. Tem que ser alguém com mais ou menos o mesmo peso, altura e tipo sanguíneo. Nessa história, eu tive sete ofertas rejeitadas, sendo a maioria porque os exames já não estavam bons”, contou ao “O Globo”.
Na oitava vez, tudo parecia dar certo, mas pouco tempo antes de ir para a sala de cirurgia, Jhonatan soube que o hospital de onde vinha o doador não havia feito o teste de covid-19 no paciente. Ao realizar o procedimento, o resultado positivo fez os planos caírem por terra.
“Eles falaram que não iam transplantar um coração com covid em uma pessoa tão jovem, porque ainda não sabiam os efeitos que isso poderia ter. Foi um soco na boca do meu estômago, e, dali para frente, teve toda uma questão psicológica. Eu piorei muito e já estava com todas as doses de remédio no máximo. Quase morri, meu médico conversou comigo e disse que eu estava com uma bactéria hospitalar no corpo”, disse.
ANÚNCIO
Uma semana mais tarde, um novo coração apareceu, e finalmente a operação pôde ser realizada. A recuperação foi um sucesso, e o rapaz já voltou ao trabalho, aos exercícios e começou a namorar.
LEIA TAMBÉM: