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Justiça decreta prisão preventiva de idoso suspeito de matar vizinho que soltava rojões; relembre o caso

Arma de chumbinho utilizada no crime foi apreendida

Francisco Nicolás Lopes foi morto pelo vizinho por soltar rojões
Francisco Nicolás Lopes foi morto pelo vizinho por soltar rojões (Reprodução/Redes sociais)

A Justiça de São Paulo decretou na última quinta-feira (5) a prisão preventiva do idoso preso em flagrante na noite de segunda (2) suspeito de matar um vizinho que soltava rojões na Vila Balnearia, em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista.

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A arma de chumbinho utilizada no crime foi apreendida e encaminhada à perícia. O caso foi registrado como homicídio no 3º DP da cidade.

O caso

O engenheiro Francisco Nicolas Lopes Filho, de 38 anos, foi morto com um tiro de espingarda de pressão pelo vizinho, identificado como Mário D’ Amore, de 74, após soltar rojões para comemorar os desafios superados nos últimos meses, como a melhora da mãe no tratamento contra um câncer.

Francisco chegou a ser socorrido pela família, mas não resistiu aos ferimentos. Segundo sua irmã, a professora de hipismo clássico Juliana Nicolas Lopes, de 36 anos, a família passou por muitos problemas recentemente e, com a virada do ano, queria comemorar as conquistas.

“Eu tive um ano difícil, minha mãe está com câncer, a mãe de um amigo de infância ficou internada no fim do ano e eu chamei esse amigo aqui para comemorar com nossos familiares e os sobrinhos de um amigo nosso que faleceu recentemente. Tivemos um ano difícil, passamos e superamos. Falei para ele: ‘a gente merece comemorar’”, disse em entrevista ao “UOL”.

‘virou as costas e foi pra casa deitar e dormir’

A família começou a festejar e soltar os rojões quando Mário saiu de casa já armado. Juliana filmou tudo o que viria a seguir. “Ele apontou a arma para a minha filha, para mim, para o meu irmão, pro meu amigo. Disse para todo mundo deitar no chão. Pensei que ele ia matar a todos”, lembra.

O vídeo mostra a aproximação de Mário. Ele dizia que tinha animais e que era proibido soltar fogos.

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A irmã da vítima contou que, depois que o idoso efetuou o disparo, ele virou as costas e saiu andando. “Eu lembro da minha filha gritar: ‘A gente deita, mas não atira’. Eu estava segurando a minha filha atrás de mim. Ele virou as costas e foi pra casa deitar e dormir.”

Francisco foi atingido na cabeça. Chegou a ser levado à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Riacho Grande, mas morreu no local.

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