Imagens que circulam nas redes sociais ajudaram na identificação de alguns bolsonaristas que participaram dos atos terroristas em Brasília, no Distrito Federal, no domingo (8). O grupo invadiu e depredou Congresso Nacional, o Palácio da Alvorada e a sede do Supremo Tribunal Federal (STF). Entre os presentes estão um ex-BBB, uma ex-primeira dama, um vereador e um parente do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
ANÚNCIO
Veja alguns dos identificados abaixo:
Ex-BBB
O artista plástico Adriano Luiz Ramos de Castro, de 54 anos, mais conhecido como “Didi Red Pill”, participou da 11ª edição do reality Big Brother Brasil, da TV Globo. Natural de Salvador, na Bahia, ele é apontado como o criador do termo “paredão”, que é quando os jogadores enfrentam uma votação para ver quem sai do jogo. Na época, ele foi o sexto eliminado do programa.
Atualmente, Didi tem um canal no Youtube, intitulado “Aqui o Bicho Pega, Política Falada sem Papas na Língua”, com mais de 228 mil inscritos. Já em seu Instagram, ele é seguido por quase 100 mil pessoas, mas a página está fora do ar.
Durante os ataques terroristas, o ex-BBB chegou a fazer uma transmissão ao vivo, quando mostrou a circulação dos bolsonaristas nos prédios dos 3 Poderes.
Ex-primeira dama da Paraíba
Outra bolsonarista que estava em Brasília e foi identificada é Pâmela Bório (PSC), que é ex-primeira dama da Paraíba e suplente de deputado federal pelo estado. Ela é jornalista e ex-mulher do ex-governador Ricardo Coutinho (PT).
Pâmela esteve nos atos terroristas acompanhada pelo filho, que é menor de idade. Em postagens nas redes sociais, ela mostrou a movimentação dos bolsonaristas e depois filmou a si mesma no telhado do Congresso Nacional, em uma área restrita.
ANÚNCIO
Parente de Bolsonaro
Léo Índio, que é primo dos três filhos mais velhos de Jair Bolsonaro, também estava nos atos terroristas em Brasília. Em suas redes sociais, ele se descreve como sobrinho do ex-presidente. O homem foi candidato pelo PL à Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) em 2022, mas não foi eleito.
Ele postou fotos caminhado nas proximidades do Congresso Nacional e do STF. Em uma das imagens o homem está com os olhos vermelhos e explicou que o motivo eram as bombas de gás lacrimogêneo usadas pela Polícia Militar para tentar dispersar os manifestantes.
Ele ainda apareceu na rampa onde ficam as cúpulas do Congresso, onde a entrada do público é proibida.
PM goiano e vereador de Inhumas (GO)
Entre os participantes dos atos terroristas também estavam o policial militar de Goiás Silvério Santos, que fez postagens nas redes sociais convocando mais bolsonaristas, e o o vereador de Inhumas José Ruy (PTC), que foi filmado acenando para uma câmera durante a invasão aos 3 Poderes.
“Venha você também para Brasília fazer a sua parte, não seja omisso e covarde”, escreveu Silvério Santos em uma postagem.
Policial do Senado
Wallace França, que é policial do Senado Federal, apareceu em fotos ao lado dos golpistas durante a invasão ao Congresso Nacional. Ele é ex-delegado de polícia de Mato Grosso do Sul e ex-agente penitenciário federal.
Ataques terroristas
Os bolsonaristas que praticaram atos antidemocráticos começaram a chegar na capital federal na manhã de sábado (7) e se alojaram em acampamento em frente ao quartel do Exército. Na manhã de domingo (8), eles saíram em caminhada pelas ruas de Brasília até chegarem a Esplanada dos Ministérios. Lá, invadiram o Congresso Nacional, o Palácio da Alvorada e a sede do STF e destruíram todas as instalações.
A Polícia Civil do Distrito Federal informou, na noite de domingo, que inicialmente 300 bolsonaristas suspeitos de participar dos atos terroristas tinham sido presos, mas o número não para de aumentar. O governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), foi afastado do cargo por 90 dias por suspeita de omissão.
O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou ainda no domingo um decreto que prevê a intervenção na área de segurança pública do Governo do Distrito Federal. Segundo a medida, o prazo da intervenção vai até 31 de janeiro de 2023.
LEIA TAMBÉM: