O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que segue em viagem nos Estados Unidos, publicou uma foto deitado em um leito de hospital em Orlando, na Flórida, na segunda-feira (9). Em postagem no Twitter, ele falou sobre as consequências da facada que levou em 2018, em Juiz de Fora (MG), durante campanha eleitoral, e destacou que sofreu uma “nova aderência” no intestino.
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“Após facada sofrida em Juiz de Fora-MG, fui submetido a cinco cirurgias. Desde a última, por duas vezes tive aderências que me levaram a outros procedimentos médicos. Grato pelas orações e mensagens de pronto restabelecimento”, escreveu o ex-presidente.
“Ontem [domingo] nova aderência e baixa hospitalar em Orlando”, destacou Bolsonaro. “Grato pelas orações e mensagens de pronto restabelecimento”, concluiu na postagem.
Horas antes, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro havia confirmado, por meio de suas redes sociais, a hospitalização. Procurados, os funcionários do AdventHealth Celebration não confirmaram a internação do ex-presidente. No entanto, fontes próximas disseram que ele passou por exames de imagens na unidade após sentir fortes dores abdominais.
Desde que levou a facada, Bolsonaro já passou por quatro cirurgias. A última vez em que ele esteve internado foi em de março do ano passado, quando foi atendido no Hospital das Forças Armadas (HFA), em Brasília, também após um desconforto abdominal.
Pedido de extradição
Políticos norte-americanos pediram que Bolsonaro seja extraditado dos Estados Unidos. Ele chegou a Orlando em 31 de dezembro, na véspera de deixar o comando do governo federal, onde permanece até os dias atuais.
O ex-presidente entrou nos Estados Unidos com visto diplomático, uma vez que ainda era presidente naquela data. Ele poderia estar com o visto categoria A1, destinado às viagens oficiais de líderes de Estado, conforme consta no site do Departamento de Estado norte-americano. Esse documento pode dar o direito de que ele permaneça naquele país por até 90 dias em situação legal.
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No entanto, até o momento, as autoridades imigratórias ainda não se pronunciaram sobre a real situação do brasileiro, uma vez que agora ele é ex-presidente e o visto A1 não permite a prática de turismo.
Bolsonaro está hospedado em uma casa de veraneio do ex-lutador de MMA José Aldo, um dos seus fiéis apoiadores, onde tem feito passeios pelo condomínio de luxo e até foi visto circulando em um supermercado.
Para os congressistas norte-americanos, o ex-presidente não pode se refugiar nos Estados Unidos, principalmente após os atos terroristas em Brasília, e precisa ser enviado de volta ao Brasil.
Joaquin Castro, deputado democrata pelo Texas, disse que terroristas domésticos e fascistas não podem usar a cartilha de Trump para minar a democracia”. “Bolsonaro não deve se refugiar na Flórida, onde está se escondendo da responsabilidade por seus crimes”, afirmou.
Alexandria Ocasio-Cortez, deputada democrata por Nova York, disse que “os EUA devem parar de conceder refúgio a Bolsonaro na Flórida”. “Quase dois anos depois que o Capitólio dos EUA foi atacado por fascistas, vemos movimentos fascistas no exterior tentando fazer o mesmo no Brasil. Devemos ser solidários com o governo democraticamente eleito de Lula”, escreveu a deputada.
Mark Takano, deputado democrata pela Califórnia, também disse que os Estados Unidos e as pessoas democráticas devem apoiar os resultados da eleição brasileira. “A violência antidemocrática no Brasil hoje é um lembrete preocupante dos perigosos movimentos fascistas que crescem em todo o mundo. Jair Bolsonaro não deveria ter permissão para se refugiar nos EUA”, afirmou.
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