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Doceira que financiou ataque terrorista em Brasília é presa no RJ; bombeiro também foi detido

Ambos foram alvos de operação da PF que apura o caso; mulher acabou se entregando em delegacia

Ele se entregou à polícia
Doceira Elizângela Cunha Pimentel Braga, de 48 anos, é apontada pela PF como uma das financiadoras dos atos terroristas em Brasília (Reprodução/Redes sociais)

A doceira Elizângela Cunha Pimentel Braga, de 48 anos, se entregou à Polícia Federal em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, na noite de segunda-feira (16). Ela é apontada como uma das financiadoras dos atos terroristas cometidos por bolsonaristas em Brasília. Além dela, a Operação Ulysses, deflagrada pela corporação, ainda resultou na detenção de um bombeiro suspeito de envolvimento no movimento golpista. Um terceiro alvo ainda é procurado.

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De acordo com a Polícia Federal, Elizângela foi procurada na segunda-feira após ter um mandado de prisão expedido pela Justiça. Ela não foi encontrada, mas acabou procurando a delegacia horas mais tarde acompanhada de um advogado.

Segundo a investigação, a doceira, que mora em Itaperuna, recebeu doações que foram repassadas para os moradores de Campos dos Goytacazes que estavam acampados em Brasília.

“Durante a investigação, foi possível colher elementos de prova capazes de vincular os investigados à organização e liderança dos eventos. Além disso, será possível identificar eventuais outros partícipes/coautores na empreitada criminosa”, ressaltou a PF.

O celular da doceira foi apreendido, assim como alguns documentos que estavam na casa dela, e a investigação vai apurar quem estava nos ônibus e quem fez as doações que foram repassadas para os golpistas.

Ele é um dos alvos de ação da PF
Bombeiro Roberto Henrique de Souza Júnior, de 52 anos, foi preso suspeito de financiar atos terroristas em Brasília (Reprodução/Redes sociais)

Bombeiro preso

Ainda na manhã de segunda-feira, o bombeiro militar Roberto Henrique de Souza Júnior, de 52 anos, foi preso durante a operação. Segundo a investigação, ele também teria envolvimento no financiamento e execução dos atos terroristas.

Ele foi encaminhado ao Grupamento Especial Prisional da corporação, em São Cristóvão, na Zona Norte do Rio de Janeiro, onde seguirá cumprindo prisão preventiva.

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Além dele, também foi pedida a prisão de Carlos Victor Carvalho, conhecido como CVC, que é apontado como líder da Direita Campos. O homem não foi encontrado pela PF e é considerado foragido.

Os suspeitos são investigados pelos crimes de associação criminosa, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e incitação das Forças Armadas contra os poderes institucionais.

Ele é procurado
Carlos Victor Carvalho, conhecido como CVC, que segue foragido, também é apontado como um dos financiadores dos atos terroristas em Brasília (Reprodução/Redes sociais)

Participantes e organizadores

A lista de bolsonaristas que participaram dos atos terroristas em Brasília fica cada vez maior. Entre os identificados está o cantor gospel Salomão Vieira, que chegou a fazer uma transmissão ao vivo mostrando os golpistas, além dos candidatos a deputado estadual por São Paulo Daniel Miller Xerife (PP) e Mari Bizari (União Brasil).

No último dia 10, a Polícia Federal prendeu Ana Priscila Azevedo, apontada como uma das organizadoras dos atos. Ela foi filmada durante as manifestações golpistas de domingo e, nas redes sociais, incitou bolsonaristas para uma “tomada de poder”. A mulher foi detida por ordem do STF, em Luziânia, no entorno do DF (Distrito Federal), e levada à capital federal.

Além dela, uma lista com 277 nome de pessoas que foram presas acusadas pelos ataques na Praça dos Três Poderes foi divulgada pelo governo do Distrito Federal. Veja os nomes aqui.

Além dos presos, outros responsáveis pelos ataques já foram identificados, entre eles um ex-BBB, uma ex-primeira dama, um vereador e um parente do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

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