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Chacina no DF: em cativeiro, família era obrigada a dar senha de contas com arma na cabeça

Criminosos também as obrigavam a responder chamados da família para não criar suspeitas

Local fica em Planaltina
Imagens mostram local usado como cativeiro para manter vítimas de chacina no DF (Divulgação/Polícia Civil)

Pelo menos duas pessoas da família de 10 dada como desaparecida, onde seis já foram confirmadas como mortas, foram mantidas em casa usado como cativeiro e eram ameaçadas com armas na cabeça para darem as senhas de cartões e contas bancárias, segundo depoimento de um dos presos na polícia.

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As vítimas mantidas em cativeiro eram Renata Juliene Belchior e Gabriela Belchior, a sogra e a cunhada da cabeleireira Elizamar da Silva. O desaparecimento dela e de três filhos deu início à investigação policial.

Segundo a polícia, as vítimas eram ainda obrigadas a responder mensagens de telefone e redes sociais de familiares para não levantarem suspeitas.

Ao todo 10 pessoas da mesma família estão desaparecidas, mas sete corpos encontrados nos últimos dias podem pertencer aos desaparecidos. Seis deles já foram reconhecidos por familiares.

Polícia apura o caso
Elizamar, os três filhos, a cunhada e a sogra (Reprodução/Redes sociais)

QUEM SÃO OS DESAPARECIDOS

- A cabeleireira Elizamar Silva, de 39 anos e seus três filhos, Rafael e Rafaela, de 6 anos, e Gabriel, de 7 anos;

- A sogra, Renata Juliene Belchior, de 52 anos;

- A cunhada Gabriela Belchior, de 24 anos

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- O marido de Elizamar, Thiago Gabriel Belchior, de 30 anos;

- O sogro de Elizamar, Marcos Antônio Lopes de Oliveira, de 54 anos;

- A ex-esposa de Marcos Antônio, Cláudia Regina e a filha deles, Ana Beatriz.

Suspeitas

Inicialmente, a polícia acreditava que Thiago e Marco Antônio (esposo e sogro de Elizamar) teriam contratado assassinos para liquidar a família e ficar com dinheiro que Elizamar e Renata tinham em suas contas. Mãe de Thiago, Renata tinha R$ 400 mil referente à venda de uma casa em Santa Maria, no Distrito Federal. A ex-esposa de Marco Antonio (o sogro), Cláudia Regina, também tinha vendido um imóvel no ano passado e tinha dinheiro guardado.

A tese da polícia perdeu força com um novo corpo encontrado no cativeiro onde foram mantidas as vítimas, que os investigadores acreditam que pode ser do marido ou do sogro e hoje trabalham com a hipótese deles também terem sido mortos.

A nova linha de investigação da polícia aponta para tese de que os supostos contratados para o crime, que são Horácio Carlos Ferreira Barbosa, 40 anos, Gideon Batista de Menezes, 55 anos, e Fabrício Silva Canhedo, 34 anos, tenham se associado para roubar e matar toda a família.

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