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Mistério da chacina do DF aumenta: polícia acredita que possíveis mandantes tenham sido mortos

Sétimo corpo encontrado levanta novas suspeitas sobre motivação e autoria dos assassinatos

A Polícia Civil informou nesta quinta-feira (19) ter indícios de que Thiago Gabriel Belchior de Oliveira e Marcos Antônio Lopes de Oliveira, suspeitos de serem os mandantes de uma chacina contra seis integrantes da própria família, no Distrito Federal, também tenham sido assassinados. Além deles, outras duas mulheres que teriam envolvimento nos crimes, e seguem desaparecidas, podem ter sido mortas.

O delegado Ricardo Viana, da 6ª Delegacia de Polícia, diz que a tese de que os suspeitos também estejam mortos foi reforçada depois que um sétimo corpo, parcialmente esquartejado, foi encontrado em uma casa em Planaltina. O local teria sido usado como cativeiro para manter parte das vítimas da chacina.

“Se esse corpo se confirmar [como sendo] do Thiago ou do Marcos, [a hipótese] é que Gideon, Fabrício e Horácio [suspeitos presos] se associaram e, com fim de subtrair valores, mataram as pessoas da família do Marcos”, disse o delegado em entrevista à TV Globo.

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No entanto, por enquanto, o investigador diz que ainda não descarta o fato de que Thiago e Marcos Antônio tenham encomendado a morte das vítimas em uma disputa por dinheiro.

Corpos encontrados

Ao todo, a polícia encontrou sete corpos, sendo que seis estavam em dois veículos que foram carbonizados e o sétimo, parcialmente esquartejado, enterrado em uma casa em Planaltina. Todos eles ainda passam por perícia para confirmação das identidades.

A polícia acredita que eles sejam das vítimas:

  • Cabeleireira Elizamar Silva, de 39 anos;
  • Os três filhos dela: Gabriel, de 7 anos, e os gêmeos Rafael e Rafaela, de 6 anos;
  • Renata Juliene Belchior, de 52 anos - sogra de Elizamar e esposa de Marcos Antônio;
  • Gabriela Belchior, de 24 anos - irmã de Thiago e cunhada de Elizamar.
  • Sétimo corpo: homem adulto que estava parcialmente esquartejado e enterrado.

Linhas de investigação

Enquanto isso, a polícia trabalha com duas linhas de investigação. A primeira delas é que a chacina tenha sido encomendada por Thiago e Marcos, que são, respectivamente, marido e sogro da cabeleireira Elizamar Silva.

Conforme essa primeira tese apurada, Thiago e Marcos Antônio queriam uma quantia que Elizamar guardava em uma conta bancária, fruto de um empréstimo para investir em um salão de beleza. Além dela, eles também estavam interessados em R$ 400 mil que Renata também tinha no banco, que era proveniente da venda de uma casa em Santa Maria (DF).

Durante as investigações, foram presos Horácio Carlos Ferreira Barbosa, de 49 anos, Gideon Batista de Menezes, de 55, e Fabrício Silva Canhedo, de 34, apontados como os autores dos assassinatos. Em depoimento, um deles disse à polícia que eles receberam R$ 100 mil de Thiago e Marcos Antônio para matar a cabeleireira, os três filhos, a sogra e a cunhada dela.

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Já a segunda linha de investigação apura de Thiago e Marcos Antônio, que seguem desaparecidos, possam também ser vítimas dos criminosos. O delegado Ricardo Viana, da 6ª Delegacia de Polícia do Paranoá, destacou que os trabalhos continuam para esclarecer, de fato, o que aconteceu e qual a motivação das mortes.

Como as vítimas foram mortas?

Os crimes ocorreram entre os dias 12 e 15 deste mês. Segundo a polícia, os suspeitos presos contaram em depoimento que o plano era atrair Elizamar ao Paranoá para que fosse morta. Dessa forma, Thiago teria pedido a esposa para buscá-lo no local, onde ela seria capturada pelos criminosos. No entanto, a mulher foi ao local com os três filhos no carro.

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Assim, por conta da presença das crianças, a dinâmica do crime mudou, mas a polícia diz que os mandantes e autores não desistiram e seguiram com o plano. Eles levaram a cabeleireira e os filhos até a cidade de Cristalina, em Goiás, onde todos foram sufocados. Em seguida, eles atearam foto ao veículo e os corpos acabaram carbonizados.

Enquanto isso, Renata e Gabriela foram sequestradas e mantidas em um cativeiro, em Planaltina, no Distrito Federal, por cinco dias. Depois, eles as levaram de carro até o município de Unaí, em Minas Gerais, e, assim como as demais vítimas, as asfixiaram e queimaram.

Segundo o delegado Ricardo Viana, os presos disseram que o objetivo de Thiago era pegar o dinheiro das vítimas para dividir com Marcos Antônio e depois fugir com uma amante.

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Depois disso, a corporação achou mais um corpo esquartejado, que pode ser o da sétima vítima da chacina.

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