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Chacina confirmada no DF: corpos carbonizados em carro eram de cabeleireira e dos três filhos

Exames confirmaram identidade das vítimas; investigação mudou após sogro tbm ser achado morto

Vítimas estavam desaparecidas
Polícia confirma que corpos carbonizados eram de cabeleireira Elizamar Silva e seus três filhos (Reprodução/Redes sociais)

A Polícia Civil do Distrito Federal confirmou que os quatro corpos achados carbonizados dentro de um carro em Cristalina, em Goiás, são mesmo da cabeleireira Elizamar Silva, de 39 anos, e dos três filhos dela - Gabriel, de 7, e os gêmeos Rafael e Rafaela, de 6 -, que estavam desaparecidos.

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Além deles, foi confirmada a morte de Marcos Antônio Lopes de Oliveira, sogro da mulher, que chegou a ser considerado um dos mandantes do crime, mas foi achado parcialmente esquartejado. Duas possíveis vítimas da chacina ainda aguardam a confirmação da identificação.

Segundo a polícia, para serem identificados, os corpos de Elizamar e dos filhos passaram por exames de DNA e análise de ossada, em Goiânia.

No total, dez pessoas da mesma família desapareceram e sete estariam mortas. Veja abaixo:

Mortes confirmadas:

  • Cabeleireira Elizamar Silva, de 39 anos;
  • Gabriel, de 7 anos, filho de Elizamar;
  • Rafael, de 6 anos, filho de Elizamar;
  • Rafaela, de 6 anos, filha de Elizamar;
  • Marcos Antônio Lopes de Oliveira, de 54 anos, sogro de Elizamar.

Corpos que aguardam identificação podem ser de:

  • Renata Juliene Belchior, de 52 anos, mãe sogra de Elizamar;
  • Gabriela Belchior de Oliveira, de 25 anos, cunhada de Elizamar.

Seguem desaparecidos:

  • Thiago Gabriel Belchior de Oliveira, marido de Elizamar;
  • Claudia Regina Marques de Oliveira, ex-mulher de Marcos Antônio Lopes de Oliveira, sogro de Elizamar.
  • Ana Beatriz Marques de Oliveira, que é filha de Claudia Regina com Marcos.
Polícia apura o caso
Seis das vítimas de chacina no DF: cabeleireira, três filhos, sogra e cunhada (Reprodução/Redes sociais)

Investigação

Depois que o sétimo corpo foi encontrado, a Polícia Civil diz que os rumos da investigação mudaram. Inicialmente, Thiago e Marcos Antônio chegaram a ser suspeitos de serem os mandantes do crime, motivado por uma disputa por dinheiro.

Durante as investigações, foram presos Horácio Carlos Ferreira Barbosa, de 49 anos, Gideon Batista de Menezes, de 55, e Fabrício Silva Canhedo, de 34, apontados como os autores dos assassinatos. Em depoimento, um deles disse à polícia que eles receberam R$ 100 mil de Thiago e Marcos Antônio para matar a cabeleireira, os três filhos, a sogra e a cunhada dela.

No entanto, a corporação também apurava se o marido e sogro da cabeleireira também pudessem ter sido vítimas dos criminosos. Agora, após o corpo de Marcos Antônio ter sido achado, essa hipótese ganhou força.

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A polícia acredita que os criminosos arquitetaram um plano contra a família por conta de R$ 400 mil da venda de uma casa, mais R$ 100 mil que a cabeleireira guardava no banco para investir em um salão de beleza.

Na quinta-feira (19), a prisão temporária dos três homens presos foi transformada em preventiva. A polícia diz que o caso segue em investigação.

Caso é investigado
Cabeleireira Elizamar Silva e os três filhos foram sufocados e queimados dentro de carro; demais vítimas foram mortas em outros locais (Divulgação/Polícia Civil)

Mortes das vítimas

Os crimes ocorreram entre os dias 12 e 15 deste mês. Conforme os relatos dos presos, o plano era atrair Elizamar ao Paranoá para que fosse morta. Dessa forma, Thiago teria pedido a esposa para buscá-lo no local, onde ela seria capturada pelos criminosos. No entanto, a mulher foi ao local com os três filhos no carro.

Assim, por conta da presença das crianças, a dinâmica do crime mudou, mas a polícia diz que os mandantes e autores não desistiram e seguiram com o plano. Eles levaram a cabeleireira e os filhos até a cidade de Cristalina, em Goiás, onde todos foram sufocados. Em seguida, eles atearam foto ao veículo e os corpos acabaram carbonizados.

Enquanto isso, Renata e Gabriela foram sequestradas e mantidas em um cativeiro, em Planaltina, no Distrito Federal, por cinco dias. Depois, eles as levaram de carro até o município de Unaí, em Minas Gerais, e, assim como as demais vítimas, as asfixiaram e queimaram.

Segundo o delegado Ricardo Viana, os presos disseram que o objetivo de Thiago era pegar o dinheiro das vítimas para dividir com Marcos Antônio e depois fugir com uma amante.

Porém, depois que a corporação achou mais um corpo esquartejado, que é o de Marcos Antônio, essa tese está cada vez mais fraca e a hipótese mais forte é mesmo a de que a família tenha sido vítima dos criminosos que queriam dinheiro.

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