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Polícia detalha como suspeito de ser serial killer agiu para não ser incriminado por morte de menor

Ajudante de pedreiro, preso por morte de garota, confessou mais um assassinato, em Goiânia

Ele já estava preso
Suspeito de ser serial killer confessou a morte da adolescente Thaís Lara da Silva, de 13 anos, em Goiânia, Goiás (Divulgação/Polícia Civil)

O ajudante de pedreiro Reidimar Silva, de 31 anos, que foi preso após confessar a morte da menina Luana Alves, de 12 anos, em Goiânia, Goiás, também assumiu a autoria do assassinato de Thaís Lara da Silva, de 13, que estava desaparecida há três anos. Segundo a Polícia Civil, ele ocultou objetos que pudessem lhe incriminar e destruiu o celular da vítima para que ele não fosse rastreado.

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“Ele desligou o celular da vítima, que segundo ele, tocava constantemente, e se desfez do aparelho e do chinelo dela. A tentativa dele era de ocultar o que pudesse levar à autoria do crime. Inclusive, ele tirou a bateria e jogou fora. Não teve nenhuma possibilidade de rastreio do número”, disse a delegada Ana Paula Machado em entrevista ao site G1.

Após ser questionado mais de uma vez, Silva pediu uma bíblia aos policiais e confessou a morte de Thaís. Ele disse que tinha jogado o corpo dela em um poço na casa em que morava, no Setor Madre Germana II, o mesmo onde a vítima morava e sumiu após sair para ir até uma feira, em 2019. Policiais fizeram uma busca e encontraram uma ossada, que passou por exames e teve a identidade confirmada como sendo a menina.

Em relação à morte de Thaís, Silva deve ser indiciado por homicídio qualificado, ocultação e vilipêndio de cadáver. No entanto, ele também já responde pela morte de Luana Alves e a polícia acredita que ele possa ter feito mais vítimas.

Por conta dessa suspeita, a corporação inseriu o DNA do ajudante de pedreiro no Banco Nacional de Perfis Genéticos. O objetivo é apurar se ele pode ter ligação com algum estupro sem autoria definida.

A defesa de Reidmar não foi encontrada para comentar o assunto até a publicação desta reportagem.

Confissão da morte de Thaís

Reidimar foi preso em novembro passado, quando a polícia investigava o desaparecimento de Luana Alves, depois que ela saiu de casa para ir até uma padaria (veja mais detalhes abaixo). Na ocasião, ele confessou o crime, deu detalhes sobre o que fez com a vítima e ainda indicou que tinha enterrado o corpo dela no quintal de casa.

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Depois disso, a Polícia Civil suspeitava que o ajudante de pedreiro podia ser um serial killer, já que tinham outros casos de menores desaparecidas na região com características parecidas ao de Luana.

Entre esses casos estava o sumiço de Thaís, que saiu de casa também no bairro Madre Germana II para ir à feira, em 2019, e nunca mais foi vista. Na ocasião, não foram encontradas imagens de câmeras de segurança que pudessem ajudar a esclarecer o caso e, desde então, ele era apurado, mas sem pistas do que tinha acontecido com a menina.

Por conta da semelhanças, o caso de Thaís foi reaberto e Reidimar questionado sobre a autoria da morte dela. Incialmente ele negou, mas depois acabou confessando.

Morte de Luana Alves

Luana estava desaparecida desde o último dia 27 de novembro de 2022, quando saiu de casa no Setor Madre Germana II para ir até uma padaria. Câmeras de segurança de imóveis do bairro chegaram a registrar a movimentação da estudante pelas ruas carregando uma sacola. No entanto, a menina não voltou mais para casa e os familiares procuraram a polícia para denunciar o sumiço dela.

Ela foi morta por ajudante de pedreiro
Luana Alves, de 12 anos, sumiu ao sair de casa para ir até padaria, em Goiânia, Goiás (Reprodução/Arquivo pessoal)

O caso passou a ser investigado e os policiais encontraram imagens que mostraram um carro passando na rua no mesmo momento em que a garota. Por meio da placa, o veículo foi localizado e passou por uma perícia, mas Luana seguia desaparecida. No entanto, a investigação chegou até Reidimar, que logo confessou o crime.

Conforme a polícia, o ajudante de pedreiro contou que avistou a menina andando sozinha e a convenceu a entrar no carro dele dizendo que devia um dinheiro para a mãe dela e que iria pagar. Em seguida, ele a levou para a casa dele, onde tentou estuprá-la. A menina reagiu, momento em que o homem a enforcou até a morte.

Depois, Reidimar disse que queimou o corpo de Luana, para dificultar uma possível identificação, e enterrou no quintal de casa. Depois, jogou cimento por cima. Em um vídeo, ele indicou aos policiais o local onde ela estava (veja abaixo):

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