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‘Pesquisas aleatórias’: estudante da USP conta como ‘aprendeu’ a investir; empresa vai assumir prejuízo

Alicia Dudy Muller Veiga afirmou em depoimento que investiu sozinha parte dos R$ 937 mil desviados de fundo de formatura

Estudante de Medicina da USP conta como ‘aprendeu’ a investir
Estudante de Medicina da USP diz que ‘aprendeu’ a investir por meio de 'pesquisas aleatórias na internet' (Reprodução/TV Globo)

A estudante de medicina da USP Alicia Dudy Muller Veiga, de 25 anos, afirmou em depoimento à Polícia Civil que investiu sozinha parte dos R$ 937 mil desviados por ela do fundo de formatura. Ela explicou como “aprendeu” a mexer com dinheiro.

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Alicia disse que decidiu retirar o dinheiro porque estava descontente com os rendimentos observados. Ela teria transferido os valores para três contas pessoais até começar a ter prejuízo, afirmou a delegada Zuleika Gonzalez Araújo, segundo reportagem do “UOL”.

Perguntada sobre como aprendeu a fazer investimentos financeiros, Alicia respondeu que “por pesquisas aleatórias na internet”, sem dar mais detalhes, relatou, também ao “UOL” o delegado Guilherme Santos Azevedo.

Segundo Zuleika, Alicia disse que “agiu sozinha” desde o início, mas a polícia vai apurar a existência de mais pessoas envolvidas no caso.

Empresa vai absorver prejuízo

A ÁS Formaturas prometeu não repassar aos alunos o prejuízo que teve com o desvio do dinheiro do evento. Em reunião com o Procon-SP na última segunda-feira (23), a empresa também concordou em bancar com fornecedores a mesma estrutura da festa que foi contratada.

O chefe de gabinete do Procon-SP, Guilherme Farid, disse que o contrato entre as partes foi fechado em 2019. No entanto, a pessoa jurídica que formalizou a negociação nunca foi registrada. Segundo ele, o negócio foi “mal elaborado” e fechado informalmente.

A empresa tem 15 dias para entrar em contato com os cerca de 130 alunos envolvidos e apresentar a proposta.

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Entenda o caso

Alicia confessou à polícia ter desviado R$ 920 mil do fundo de formatura dos colegas. Ela alegou que os recursos não estavam sendo “bem administrados” pela empresa contratada e e fez aplicações, mas perdeu os valores com “investimentos ruins”. Porém, segundo a investigação, ela usou o montante para custear despesas pessoais, como aluguel de apartamento, de carro e para a compra de eletrônicos.

A jovem disse ainda que ficou desesperada e, na tentativa de recuperar o dinheiro, usou a parte restante para fazer jogos em uma casa lotérica.

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