A estudante de Medicina da USP (Universidade de São Paulo) Alicia Dudy Muller Veiga, de 25 anos, que desviou R$ 937 mil do fundo de formatura, se consultou com videntes e uma mãe de santo, disse a polícia civil.
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As anotações referentes às consultas estavam em meio ao material apreendido pela Polícia Civil no apartamento da jovem na última sexta-feira (27) em cumprimento a mandados de busca e apreensão.
A polícia investiga agora se as tais consultas foram pagas com o valor desviado do fundo de formatura da turma.
Além do caderno de anotações relativas ao crime, foram apreendidos aparelhos eletrônicos e um carro alugado.
Em nota, a SSP (Secretaria de Segurança Pública) detalhou que “foram apreendidos celulares, um veículo VW/Nivus, um tablete, cartões bancários, diversos documentos, além de anotações de consultas com videntes e mãe de santo. O material é analisado pela autoridade policial para esclarecer os fatos”.
Mudança de senhas
Ainda ontem, a nova presidente da comissão de formatura foi ouvida em depoimento e afirmou que Alicia mudou as senhas de acesso ao e-mail da comissão.
Ela relatou que o grupo não teve mais acesso às informações e aos avisos da empresa organizadora do evento sobre as transações feitas por Alicia.
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Empresa vai absorver prejuízo
A ÁS Formaturas prometeu não repassar aos alunos o prejuízo que teve com o desvio do dinheiro do evento. Em reunião com o Procon-SP na última segunda-feira (23), a empresa também concordou em bancar com fornecedores a mesma estrutura da festa que foi contratada.
O chefe de gabinete do Procon-SP, Guilherme Farid, disse que o contrato entre as partes foi fechado em 2019. No entanto, a pessoa jurídica que formalizou a negociação nunca foi registrada. Segundo ele, o negócio foi “mal elaborado” e fechado informalmente.
Relembre o caso
Alicia confessou à polícia ter desviado R$ 920 mil do fundo de formatura dos colegas. Ela alegou que os recursos não estavam sendo “bem administrados” pela empresa contratada e que fez aplicações, mas perdeu os valores com “investimentos ruins”. Porém, segundo a investigação, ela usou o montante para custear despesas pessoais, como aluguel de apartamento, de carro e para a compra de eletrônicos.
A jovem disse ainda que ficou desesperada e, na tentativa de recuperar o dinheiro, usou a parte restante para fazer jogos em uma casa lotérica.
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