A rotina do jogador Daniel Alves no presídio de Brians 2, na Catalunha, inclui passeios pelo pátio e autógrafos para outros detentos.
Preso acusado por agressão sexual, Daniel Alves divide a cela com mais um prisioneiro e tem acesso à estrutura do presídio, que conta com auditório preparado para apresentações teatrais e musicais, quadra poliesportiva, três miniquadras de squash, academia, piscina, biblioteca, serviço médico próprio e espaço aberto para atividades de lazer.
O “padrão de qualidade” da penitenciária, na verdade, é regra na Catalunha. Exceção são os espaços que não oferecem uma estrutura similar. Isso porque a ideia é promover a reabilitação e a socialização dos presidiários, não apenas o confinamento.
As atividades oferecidas vão desde alfabetização à universidade e aprendizagem de novos idiomas. Há ainda aulas de pintura, cerâmica, carpintaria, jardinagem e horticultura.
Vale dizer que todos os condenados têm acesso à estrutura, não apenas Daniel Alves.
A acusação contra Daniel Alves
O jogador brasileiro é acusado por uma jovem de 23 anos por agressão sexual dentro do banheiro de uma boate em Barcelona, no último dia 30 de dezembro. A jovem declarou que estava com amigas e que elas foram convidadas a subir à zona VIP por um grupo de garotos mexicanos. Um garçom, então, as convidou para sentar na mesa de Daniel Alves e um acompanhante. Elas se recusaram no início, mas “o cliente insistiu, e o garçom destacou que se tratava de um ‘amigo’”.
Finalmente, as moças aceitaram se sentar à mesa. Depois de um tempo conversando, contou a vítima, Daniel Alves “começou a ‘fazer o bobo’ com as três, enganchando-se muito e tocando-as”. Além disso, em várias ocasiões, “pegou-lhe com força a mão e Alves e colocou-a em seu pênis”, enquanto ela tentava evitá-lo. Mais tarde, o brasileiro lhe apontou uma porta e obrigou-a a segui-lo e a entrar”.
A vítima denunciou que, já no banheiro, “Alves a obrigou a sentar-se em cima dele, a atirou ao chão, a obrigou a praticar sexo oral, a que ela resistiu ativamente, a esbofeteou, a levantou do chão e a penetrou até ejacular”.
Quando foi prestar depoimento na delegacia de Barcelona sobre a acusação de estupro, Daniel Alves negou conhecer a vítima. Porém, quando confrontado pela juíza sobre uma tatuagem íntima que ele tem entre o abdômen e a virilha, descrita pela vítima, ele confessou ter tido relações com ela, mas de forma consentida.
Pesam contra ele ainda imagens das câmeras internas da boate, que mostram que ele ficou cerca de 15 minutos no banheiro com a vítima e declarações de outra mulher que disse ter sido assediada e “tocada” nas partes íntimas pelo jogador naquela mesma noite. Os exames médicos feitos na mulher que o denunciou também confirmam o estupro.
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