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Carnaval de rua de São Paulo terá mais de 500 desfiles

A prefeitura estima 15 milhões de pessoas na folia

Folia
Cidade de São Paulo terá mais de 500 blocos de rua neste Carnaval (Edson Lopes Jr/Prefeitura de São Paulo)

O Carnaval de rua da cidade de São Paulo terá 511 desfiles autorizados, conforme anúncio feito na quinta-feira (2) pela prefeitura. A maior parte dos blocos vai sair na Zona Oeste, onde estão previstos 145 desfiles, e no Centro, com 121 blocos. A festa engloba o pré-carnaval, nos dias 11 e 12 de fevereiro, e o pós-carnaval, nos dias 25 e 26 de fevereiro, além do feriado prolongado de 18 a 21 do mesmo mês.

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A estimativa da prefeitura é que a festa deste ano supere as 15 milhões de pessoas que estiveram nas ruas da capital paulista em 2020. “As pessoas estão com muita vontade de brincar depois da pandemia [de Covid-19]”, ressaltou o secretário municipal de Subprefeituras, Alexandre Modonezi. Ele disse, no entanto, que só será possível ter um número final de público após a festa.

Descentralizado

Segundo a prefeitura, foi feito um esforço para incentivar o carnaval fora da região central da cidade. De acordo com Modonezi, 48,9% dos blocos devem desfilar nos bairros e áreas periféricas da cidade. “Isso representa exatamente essa descentralização e esse incentivo da cidade aos blocos de carnaval na periferia”, disse. Estão previstos para a zona leste, 68 blocos; na zona sul, 101; e na zona norte, 76.

No final do ano passado, a Secretaria Municipal de Cultura lançou um edital de R$ 3 milhões para apoiar 300 blocos. De acordo com a titular da pasta, Aline Torres, o objetivo foi justamente fortalecer os grupos periféricos, que não tem acesso a patrocínio. “Ele foi pensado justamente para que a gente consiga fazer um fomento de ajuda para esses blocos, até porque eles ficaram dois anos sem carnaval e sem atividades. Muitos desses blocos fazem festas comunitárias”, explicou.

Conforme a secretária, os blocos de carnaval ocupam um espaço cada vez maior na cena cultural e social da capital paulista. “A gente tem um entendimento também da maneira como as escolas de samba se criaram na cidade de São Paulo e hoje são um braço sociocultural da cidade, muitos blocos também fazem essa função. Os grandes fazedores do carnaval, esses blocos tradicionais, periféricos, que fazem oficinas de percussão com os jovens da periferia, que fazem esse trabalho social, durante os dois anos de pandemia foram muito prejudicados”, acrescentou.

Para garantir que os grupos conseguissem acessar os recursos, a secretária disse que foi oferecida formação para ajudar os representantes dos blocos a se inscreverem na premiação. Um procedimento que deve ser aplicado, de acordo com ela, em outras ações da pasta. “Uma grande missão da secretaria em 2023 é fazer formação para que cada vez mais grupos, coletivos e blocos carnavalescos consigam participar dos nossos fomentos”.

O dinheiro do edital de apoio aos blocos, no entanto, ainda não foi liberado. De acordo com Torres, a previsão é que os recursos estejam disponíveis para os grupos nos próximos dias.

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Megablocos

Os chamados megablocos, que reúnem mais de 40 mil pessoas, devem desfilar em seis pontos da cidade: na Rua da Consolação (região central); na Rua Luís Dumont Villares (zona sul); no Parque do Ibirapuera (zona sul); na Avenida Faria Lima (zona oeste); na Avenida Marquês de São Vicente (zona norte) e na Rua Laguna (zona sul).

Nesses pontos e em todos os locais onde estão previstos desfiles, a Polícia Militar informou que irá reforçar o policiamento, aumentando as escalas e deixando todo o contingente, inclusive aquele que normalmente desempenha funções administrativas, de sobreaviso.

Haverá ambulâncias e leitos hospitalares para garantir o atendimento médico, caso necessário, aos foliões.

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