A Justiça não aceitou o pedido de prisão preventiva para a estudante de medicina da USP (Universidade de São Paulo) Alicia Dudy Muller Veiga, de 25 anos, que teria desviado R$ 937 mil do fundo de formatura. O juiz Fábio Pando de Matos concordou com o posicionamento do Ministério Público Estadual e determinou que o inquérito seja remetido de volta à Polícia Civil para que a investigação do caso seja retomada.
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A decisão foi divulgada na quinta-feira (2). Nela, o magistrado acatou a posição do promotor Fabiano Severiano de que Alicia não cumpre os requisitos que justificam a prisão dela. Além disso, ele afirma que a a estudante teria cometido crimes de estelionato, não de apropriação indébita, como consta no inquérito policial.
Por isso, o promotor pediu que o inquérito volte à delegacia que investiga o caso, já que o crime de estelionato precisa de representação das vítimas, e tal solicitação foi aceita pela Justiça.
Para a polícia, a jovem cometeu nove vezes o crime de apropriação indébita e concurso material. Segundo a investigação, ela usou os recursos em benefício próprio, para pagar contas pessoais, comprar produtos, fazer jogos em lotéricas e até para se consultar com uma vidente.
Empresa vai absorver prejuízo
A ÁS Formaturas prometeu não repassar aos alunos o prejuízo que teve com o desvio do dinheiro do evento. Em reunião com o Procon-SP no último dia 23, a empresa também concordou em bancar com fornecedores a mesma estrutura da festa que foi contratada.
O chefe de gabinete do Procon-SP, Guilherme Farid, disse que o contrato entre as partes foi fechado em 2019. No entanto, a pessoa jurídica que formalizou a negociação nunca foi registrada. Segundo ele, o negócio foi “mal elaborado” e fechado informalmente.
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