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‘Super Chico’: morre menino com Down que venceu a covid-19 duas vezes; mãe faz post emocionante

Garoto de seis anos virou símbolo de superação e fazia sucesso na web após idas e vindas ao hospital

Ele lutava contra desafios da Síndrome de Down
Morre aos 6 anos o 'Super Chico', um dos símbolos de superação dos desafios da Síndrome de Down (Reprodução/Instagram)

O menino Francisco Bombini, de 6 anos, mais conhecido como “Super Chico”, morreu na madrugada desta segunda-feira (6), em Bauru, no interior de São Paulo. Ele tinha Síndrome de Down e viralizou nas redes sociais após vencer a covid-19 por duas vezes. A mãe dele, Daniela Guedes Bombini, fez uma postagem emocionante para comunicar aos milhares de seguidores do filho sobre o falecimento (veja abaixo):

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“Chico me contava tudo! Ele não falava, mas ao mesmo tempo falava muito! E pelos cotovelos ainda! Mas de vez em quando eu percebia que ele cochichava com alguém e se eu olhasse ele disfarçava! Vira e mexe eu passava e ele estava resmungando e virava, me olhava e sorria! O sorriso mais puro de todo o universo! E eu pensava: com quem Chico conversa??? Tenho certo pra mim que todos temos uma missão nessa vida e a do Chico foi a de plantar sementes de amor no coração das pessoas! Era essa sua tarefa diária, depois dava satisfação, passando relatório e tudo mais, por isso falava tanto!!”, escreveu a mãe.

“‘Papai do céu, hozi eu fizi uma pessoa solí, quedita? Masi uma!’E descobri que era a Deus que ele se reportava! Todo santo dia, a todo minuto!Falavam em missão, em amor, em mudança de olhar para um mundo mais igual, humano, em como poderiam melhorar! Mas, ao mesmo tempo, tava um rolo lá no céu…Foi então que ele se abriu lindamente e Chico voou, com uma luz imensa em seu entorno!”, continuou ela.

“No último relatório de sua vida na Terra ele escreveu: ‘Aqui estive e aqui tentei fazer a diferença! Aqui dei exemplos e aqui vivi intensamente com muita força, cabeça erguida e sempre muito feliz!! Deixo a mamãe, o papai, minhas tatas, minhas vovós e vovô, titios, familiares e amigos, todos vocês, mas com uma lição de casa: tontinuá meu tabalo! Foi malaviloso!’#ripChico 06/10/2016 - 06/02/2023″, concluiu Daniela na postagem.

Segundo os familiares do “Super Chico”, que desde o nascimento lutava com complicações da Síndrome de Down, ele sofreu uma parada cardíaca e não resistiu.

Os internautas lamentaram a perda do menino e destacaram a lição de vida que ele deixou: “Chico, obrigada por dividir conosco tanta força e amor! Você é luz por onde estiver!”, escreveu uma seguidora. “Você me ensinou tanto, me mostrou tanto tanto tanto que eu nem tenho palavras pra descrever o sentimento agora. Obrigado pela semente do amor que você plantou e fez germinar em cada coração!”, destacou mais uma.

Luta contra a covid-19

O menino nasceu prematuro no dia 6 de outubro de 2016 e desde cedo já começou a enfrentar os desafios da Síndrome de Down. Ao todo, ele passou por sete cirurgias, sendo uma delas quando ainda estava na barriga da mãe, para corrigir problemas cardíacos e hipotireoidismo. A história de superação dele ao lado da família encantava seus seguidores nas redes sociais.

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Em 2020, “Super Chico” enfrentou mais uma batalha, desta vez contra a covid-19. Ele ficou 13 dias internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e, ao receber alta, ficou ainda mais famoso ao ser apresentado por uma reportagem do “Fantástico”, da TV Globo, como sendo “o menino mais forte do mundo”.

Em dezembro de 2021, mais um susto. Ele voltou a ser diagnosticado com covid-19 e precisou ser hospitalizado de novo. Após alguns dias, ele teve alta médica e o assunto repercutiu nas redes sociais.

No dia 21 de março ele voltou a atrair as atenções, mas desta vez por um bom motivo. O “Super Chico” concluía a imunização contra o coronavírus. Na ocasião, a família dele celebrou muito a vacinação do pequeno.

“Ele passou duas vezes pela doença, e é uma sensação horrível. Foram os piores dias da minha vida. Na segunda infecção, por exemplo, ele teve problemas renais, além de atingir a parte pulmonar dele. Com a vacinação, eu me sinto muito mais segura agora, um alívio e esperança”, disse Daniela, na época.

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