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Eterna ‘Feiticeira’, Joana Prado fala sobre família de irmão no Litoral Norte: ‘Noite inteira em cima de uma prancha de surf’

Empresária narrou o drama em suas redes sociais

Joana Prado chora ao falar de família do irmão ilhada no Litoral Norte
Joana Prado chora ao falar de família do irmão ilhada no Litoral Norte (Reprodução/Instagram @joanapradob)

A empresária Joana Prado, de 46 anos, lembrada pela personagem “Feiticeira”, falou em suas redes sociais sobre irmão, Tiago Prado, ilhado com a família na região de Camburi, na cidade de São Sebastião, no Litoral Norte de São Paulo.

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“Galera, eu estou aqui primeiramente para agradecer todas as mensagens de suporte, por toda a ajuda necessária. Todos os esforços que vocês fizeram para ajudar meu irmão, minha sobrinha, meu outro sobrinho para conseguir sair de Camburi. A gente está vendo aí as notícias, a quantidade de pessoas que morreram, a quantidade de pessoas que continuam desaparecidas. Então, eu queria em primeiro lugar agradecer a todos vocês que realmente ajudaram. E gostaria de pedir para a gente orar, porque quantas vidas foram perdidas e quantas pessoas estão sofrendo soterradas e quantas pessoas estão sofrendo procurando os seus entes queridos”, disse em seus stories, emocionada.

Joana continuou: “A minha cunhada continua lá, ela junto com meu irmão passou a noite inteira com água até o pescoço. Conseguiram, graças a Deus, passar a noite inteira em cima de uma prancha de surf, mas minha cunhada continua lá. E assim como minha cunhada muitas pessoas lá estão sofrendo, então fica aqui a minha solidariedade. O que a gente puder ajudar, vamos ajudar. As buscas continuam, então vamos orar para essa chuva cessar, para as rodovias serem abertas. E é isso, gente, uma calamidade. Vamos pedir para Deus confortar o coração daqueles que perderam seus entes queridos e confortar e ajudar aí nas buscas, agradecer os bombeiros, a comunidade inteira”.

Mortos e desaparecidos

O número de mortos na tragédia provocada pelas chuvas no Litoral Norte subiu para 48. De acordo com dados da Defesa Civil, foram 47 vítimas fatais em São Sebastião e uma em Ubatuba. Além disso, há pelo menos 57 pessoas que seguem desaparecidas e são procuradas pelas equipes de buscas.

Os trabalhos de resgate realizados por bombeiros, integrantes da Defesa Civil e pelos próprios moradores estão concentrados em bairros da costa sul de São Sebastião, como a Vila do Sahy, que é a área onde estavam a maioria das vítimas. O Exército também enviou aeronaves para o acesso às regiões que seguem isoladas. São mais de 600 pessoas envolvidas no socorro aos afetados.

A chuva constante e intensa que caiu na região entre sexta-feira (18) e sábado (19) provocou um processo conhecido como liquefação do solo, em que a água deixa a terra saturada até que se transforma em lama. Nesse período, foi registrado o volume de chuva esperado para o mês inteiro de fevereiro.

O governo de São Paulo decretou luto oficial de três dias e estado de calamidade em Guarujá, Bertioga, São Sebastião, Caraguatatuba, Ilhabela e Ubatuba. Em todo o Estado, são mais de 1.730 pessoas estão desalojados e 766 desabrigados.

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