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Após repercussão, Uber e 99 negam que Elize Matsunaga atue como motorista nos aplicativos

Postagem nas redes sociais diz que ela presta serviços para apps em Franca, no interior de SP

As empresas Uber e 99 negaram que Elize Matsunaga, condenada pela morte do marido, o empresário Marcos Kitano Matsunaga, integre as plataformas. O caso ganhou repercussão depois que uma postagem nas redes sociais apontou que ela, que cumpre liberdade condicional, teria uma nova atividade profissional como motorista de aplicativo na região de Franca, no interior de São Paulo.

Conforme reportagem do site UOL, tanto a Uber quanto a 99 negaram que Elize integre seus quadros de motoristas parceiros. Já a empresa Maxim, que tem sede no Acre, ainda não se pronunciou.

“Não há nenhuma conta de motorista parceiro cadastrada na base de dados da Uber com os dados fornecidos”, diz a Uber. Por telefone, a 99 também negou qualquer ligação.

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Os advogados de Elize também foram procurados pela reportagem, mas não confirmaram qual é a atividade profissional que ela exerce no momento.

O “novo emprego” de Elize ganhou repercussão nas redes sociais depois que o perfil “Mulheres Assassinas” divulgou que agora ela vive levando passageiros.

“Como todos sabem, Elize Matsunaga cumpre o resto da pena de 16 anos em liberdade. A egressa de Tremembé escolheu a cidade de Franca, interior de São Paulo, para fixar residência. Lá, comprou à vista um apartamento de dois quartos, onde sonha com o dia em que explicará para a filha adolescente - tim tim por tim tim - os motivos para dar cabo do pai da menina”, destacou a publicação.

“Assim como Suzane [von Ritchthofen], Elize montou um pequeno ateliê de costura, onde confecciona roupas para pet. Batalhadora, ela também trabalha como motorista de aplicativo. Sua nota como condutora é 4.80. Na abertura do carrossel, temos a foto 3x4 que Elize publicou em seu perfil na plataforma. Na hora de escolher o modelo do carro, optou por um Honda Fit, uma marca tão japonesa quanto a ascendência do seu ex-marido”, continuou o texto.

“Para não ser reconhecida pelos passageiros, a mulher que esquartejou o marido usa o nome de solteira: Elize Araújo Giacomini; e esconde-se por trás de máscaras e óculos escuros. Vale lembrar: a assassina tem cursos de bacharel em Direito, contabilidade, técnica em enfermagem e até de sommelier”, concluiu a postagem.

O jornalista e escritor Ullisses Campbell, autor da biografia “Elize Matsunaga: A Mulher que Esquartejou o Marido”, confirmou que recebeu prints enviados por passageiros de carros de aplicativo que mostram que ela tem nota de 4.80. Ele destacou que os usuários relatam que ela é “bem tranquila”.

Condenação por assassinato

O assassinato do empresário, que era herdeiro do grupo Yoki Alimentos, ocorreu em 2012. Elize foi condenada a 19 anos e 11 meses de prisão. No entanto, em 2019, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) reduziu a pena para 16 anos e 3 meses.

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Em maio do ano passado, após passar 10 anos presa em Tremembé, também no interior paulista, ela obteve a progressão de pena e desde então cumpre a liberdade condicional.

Mesmo assim, ela ainda deve cumprir algumas regras durante o restante de sua pena, como prestar esclarecimentos periódicos à Justiça no que diz respeito à sua ocupação e residência fixa.

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