Foco

Caso Daniel Alves: ex se revolta com manutenção da prisão e volta defender jogador: “Não é estuprador”

Justiça espanhola negou recurso da defesa e brasileiro deve seguir na cadeia até julgamento do caso

Ela falou pela primeira vez
Dinorah Santana, ex-mulher de Daniel Alves, volta a defendê-lo sobre acusação de estupro (Reprodução/Redes sociais)

Ex-mulher do jogador Daniel Alves, Dinorah Santana voltou a defendê-lo a respeito da acusação de estupro. Em entrevista ao programa “Ana Rosa”, do canal Telecinco, ela se mostrou revoltada com a decisão da Justiça de o manter preso até o julgamento do caso e deu um “motivo” para o fato de que o brasileiro, preso desde 20 de janeiro, tenha mudado de versão várias vezes.

ANÚNCIO

“Que justiça estamos fazendo? Não há nada que o incrimine. Dani não é estuprador, como ele está preso? Isso é o que não me passa pela cabeça. A vida toda ele teve sua imagem impecável, porque ele é uma pessoa impecável”, disse Dinorah.

Questionada sobre as diferentes versões apresentadas pelo lateral-direito, ela ressaltou que ele tinha uma razão para não ter dito a verdade logo ao ser interrogado pela polícia.

“É normal que ele tenha mentido porque a sogra estava morrendo, por isso não contou toda a verdade desde o início. Acho que não houve falha, o Dani veio à Espanha para depor porque não fez nada”, garantiu a ex-mulher do jogador.

Dinorah, que vive com os filhos no Brasil, diz que planeja fixar residência na Espanha para que possa acompanhar o caso do jogador de perto. “Durante toda a sua vida teve uma imagem impecável porque é uma pessoa impecável. O que sei é que Dani é inocente e não entendo por que ele está preso”, ressaltou ela.

No começo do mês, Dinorah já tinha se pronunciado pelo caso e defendido o brasileiro. Na ocasião, ela disse que “colocaria o corpo todo no fogo” por ele e deixou claro que não pensa na jovem que o acusa de estupro.

Jogador diz ser vítima

De acordo com reportagem do jornal catalão “Ara”, o brasileiro voltou a mudar de versão e agora alegou que o sexo oral foi realizado “sem seu consentimento”.

ANÚNCIO

No entanto, o atleta diz que não se opôs ao ato sexual. “Ela foi diretamente até mim. Eu não toquei nessa garota”, teria afirmado o lateral-direito, ressaltando que ela “entrou no banheiro e a agarrou”.

Questionado sobre as mudanças de versões, ele teria dito que teve que alterar os depoimentos “para proteger” a jovem que o acusa, afinal, ele teria sido a vítima e ela a agressora.

Daniel Alves completa uma semana na prisão
Daniel Alves está preso desde o dia 20 de janeiro, em Barcelona, na Espanha (Reprodução/Instagram @danialves)

Justiça nega soltura

Na terça-feira (21), a Justiça espanhola decidiu que Daniel Alves deverá seguir preso até o julgamento do caso. Segundo os juízes que analisaram o recurso da defesa, há riscos elevados de fuga, uma vez que a residência oficial dele fica no Brasil.

O advogado Cristóbal Martell, que defende Daniel Alves, tentava convencer a Justiça de que o brasileiro podia ser levado para casa em que mora com a esposa Joana Sanz, em Barcelona, e que podia ser monitorado por tornozeleira eletrônica. A defesa ofereceu ainda que jogador entregasse seus passaportes e se apresentasse diariamente à Justiça como garantia de que não deixaria a Espanha.

No entanto, os magistrados que analisaram o recurso ressaltaram que o jogador tem uma série de negócios em território brasileiro e que possui condições financeiras de alugar um avião para deixar a Espanha sem os controles tradicionais dos aeroportos.

Além disso, pesaram na decisão os muitos indícios de que o brasileiro cometeu o crime pelo qual é acusado, como vídeos da boate Sutton e testes de DNA. Assim, os magistrados negaram a soltura dele. “Há diversos indícios da criminalidade do senhor Daniel Alves, e eles não partem apenas das declarações da denunciante”, destacaram os juízes.

Ainda não há previsão de quando o caso será julgado pela Justiça da Espanha.

Acusação de estupro

O jogador brasileiro é acusado pela jovem de 23 anos por agressão sexual dentro do banheiro de uma boate em Barcelona, no último dia 31 de dezembro.

A jovem declarou que estava com amigas e que elas foram convidadas a subir à zona VIP por um grupo de garotos mexicanos. Um garçom, então, as convidou para sentar na mesa de Daniel Alves e um acompanhante. Elas se recusaram no início, mas “o cliente insistiu, e o garçom destacou que se tratava de um ‘amigo’”.

Finalmente, as moças aceitaram se sentar à mesa. Depois de um tempo conversando, contou a vítima, Daniel Alves “começou a ‘fazer o bobo’ com as três, enganchando-se muito e tocando-as”. Além disso, em várias ocasiões, “pegou-lhe com força a mão e Alves e colocou-a em seu pênis”, enquanto ela tentava evitá-lo. Mais tarde, o brasileiro lhe apontou uma porta e obrigou-a a segui-lo e a entrar”.

A vítima denunciou que, já no banheiro, “Alves a obrigou a sentar-se em cima dele, a atirou ao chão, a obrigou a praticar sexo oral, a que ela resistiu ativamente, a esbofeteou, a levantou do chão e a penetrou até ejacular”.

Quando foi prestar depoimento na delegacia de Barcelona sobre a acusação de estupro, Daniel Alves negou conhecer a vítima. Porém, quando confrontado pela juíza sobre uma tatuagem íntima que ele tem entre o abdômen e a virilha, descrita pela vítima, ele confessou ter tido relações com ela, mas de forma consentida. Assim, ele foi preso no dia 20 de janeiro e segue sob custódia desde então.

Depois, em audiência, ele disse que a vítima fez sexo oral nele. Porém, pela terceira vez em que foi ouvido, ele mudou a versão e admitiu que houve “penetração vaginal”, de acordo com o site espanhol “El Tiempo”. Agora, diz que ele é quem foi vítima da jovem.

LEIA TAMBÉM:

ANÚNCIO

Tags


Últimas Notícias