A mulher de 45 anos, que foi agredida por um homem com um carrinho de compras dentro de um supermercado em Santo Antônio do Descoberto, cidade goiana que fica no Entorno do Distrito Federal, diz que desconhece o motivo do ataque. Ela afirma que não conhecia o agressor e negou que tivesse praticado bullying ou o chamado de “gay”, como ele disse à polícia. O homem prestou depoimento, assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por lesão corporal leve e foi liberado.
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“Ele assumiu o risco de me matar, agindo dolosamente, e, na hora, o mais letal que ele achou por perto foi um carrinho de supermercado. Um carrinho pesado daquele, mais a força que foi lançado, praticamente dobra de peso! Acertou uma região frágil da minha cabeça, as têmporas”, contou a vítima, que não quer ser identificada, em entrevista ao site G1.
“Ele começou a mentir, dizendo que eu o xinguei, para assim justificar a violência dele e ninguém fazer nada. Em nenhum momento eu o xinguei, nem dirigi uma palavra a este homem, nem lancei nenhum olhar para ele que pudesse resultar em um desentendimento. Eu estava apenas seguindo minha vida e meus afazeres, como uma cidadã comum. E aconteceu esse atentado”, detalhou ela.
O caso aconteceu no último dia 16. As imagens que circulam nas redes sociais mostram quando o homem estava na fila do caixa e a mulher estava parada, logo atrás. Ela falava no celular quando, de repente, o agressor se afastou, pegou o carrinho de compras e jogou contra a vítima (assista abaixo).
O vídeo mostra que a mulher ficou caída no chão, desacordada, enquanto outros clientes e funcionários do supermercado tentavam entender o que tinha acontecido. Em nota, o Atacadão Dia a Dia repudiou a agressão e informou que prestou o devido socorro à vítima.
A Polícia Militar foi chamada e conduziu o cliente até a delegacia. Lá, ele foi ouvido e disse que a mulher praticou bullying contra ele e o chamou de “gay”. Após assinar o TCO, ele foi liberado.
Conforme a Polícia Civil, o homem já tinha antecedentes criminais por uma tentativa de homicídio, em 2021, cometida no âmbito de violência doméstica.
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Dor insuportável
A vítima relatou ao G1 que, após ser atingida pelo carrinho de compras, sentiu uma dor muito forte e acabou desmaiando. Por sorte, ela não sofreu nenhuma lesão mais grave.
“Eu perdi a consciência e os movimentos temporariamente e fui carregada por terceiros até uma cadeira de rodas, sentido uma dor insuportável na cabeça que me impedia até mesmo de falar”, disse ela.
“Graças a Deus, tenho uma boa resistência física e ele não conseguiu causar um traumatismo craniano em mim ou algo pior”, detalhou.
Agora, ela espera que a justiça seja feita e, por isso, busca ajuda do Ministério Público Estadual de Goiás (MP-GO).
“Eu estou buscando os meios legais para que ele seja detido e não faça isso com mais ninguém. A polícia fez o seu trabalho com excelência, mas a lei é falha. Agora esperamos a decisão da Justiça! E eu ainda acredito nela! É o que me resta!”, concluiu.
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