O número de mortos na tragédia provocada pelas chuvas no Litoral Norte de São Paulo subiu para 54. De acordo com dados da Defesa Civil, foram 53 vítimas fatais em São Sebastião e uma em Ubatuba. Além disso, há pelo menos 30 pessoas que seguem desaparecidas e são procuradas pelas equipes de buscas.
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De acordo com o governo paulista, das vítimas fatais, 38 corpos já foram identificados e liberados para os sepultamentos. Se tratam de 13 homens adultos, 12 mulheres adultas e 13 crianças. Os demais ainda aguardam perícia e identificação.
Conforme o último balanço, há mais de 4 mil pessoas desalojadas ou desabrigadas na região. Além disso, pelo menos 30 ainda não foram localizadas.
Os trabalhos de buscas seguem por tempo indeterminado, realizados por bombeiros, integrantes da Defesa Civil e pelos próprios moradores. Os socorristas estão concentrados em bairros da costa sul de São Sebastião, como a Vila do Sahy, que é a área onde estavam a maioria das vítimas, e Juquehy.
A chuva constante e intensa que caiu na região entre sexta-feira (18) e sábado (19) provocou um processo conhecido como liquefação do solo, em que a água deixa a terra saturada até que se transforma em lama. Nesse período, foi registrado o volume de chuva esperado para o mês inteiro de fevereiro.
Sirenes de alerta
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou na quinta-feira (23) que serão instaladas sirenes em locais onde há risco de desabamentos e enchentes em cidades do Litoral Norte paulista.
A ação faz parte de um pacote de medidas de emergência e também de longo prazo para a região. Outra medida anunciada é a compra de novos radares meteorológicos. De acordo com o governo, o plano é trocar os equipamentos utilizados atualmente por modelos mais modernos e tecnológicos que vão auxiliar nas medidas de prevenção.
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O governador ainda anunciou a criação de uma disciplina chamada Defesa Civil e Primeiros Socorros nas escolas. Além disso, uma escola que foi destruída pelos deslizamentos em São Sebastião será reconstruída pelo governo do Estado.
Tarcísio falou, ainda, sobre o projeto Vilas de Passagem, que vai construir casas geminadas de rápida edificação para acolher desabrigados e desalojados pelas fortes chuvas que atingiram a região, em parceria com a iniciativa privada. Também serão construídas casas definitivas pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) em terrenos do município.
Rodovias afetadas
Nas rodovias danificadas pela chuva, o governo disse que o processo de recuperação se inicia pelas providências emergenciais e, depois, pela recuperação estrutural.
Tarcísio informou que a Rodovia Mogi-Bertioga teve contratação para obras de recuperação da via, com previsão de seis meses de trabalhos e possibilidade de liberação parcial em dois meses. Já a Rio-Santos está liberada para tráfego.
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