A viúva de Fabricio Alves de Araújo, de 45 anos, que morreu após uma discussão com o soldador Celso Edgar da Silva, de 29 anos, diz que o colega de trabalho já tinha feito ameaças antes de cometer o crime. Ele recebeu R$ 150 a menos no salário e, quando foi questionar a mulher, acabou entrando em atrito com o marido dela. No dia seguinte, o agressor jogou um produto inflamável contra a vítima e ateou fogo.
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Assista abaixo - ATENÇÃO, IMAGENS FORTES:
O caso aconteceu na manhã da última sexta-feira (24), na Rua Giuseppe Pedotte, quando Fabricio foi deixar a esposa na oficina. Chegando lá, ele foi abordado pelo soldador, que ateou fogo ao seu corpo e fugiu em seguida. O homem segue sendo procurado pela polícia.
O vídeo mostra que a vítima saiu do carro, em chamas, enquanto sua esposa tentava desesperadamente ajudar. O homem foi levado ao Hospital Nardini, mas sofreu queimaduras em 80% do corpo e não resistiu aos ferimentos.
Motivação
Em entrevista ao site G1, a viúva de Fabricio, que não quer se identificar, disse que Celso é funcionário da mesma oficina na qual ela trabalha. O homem a procurou, já que ela faz os pagamentos, para questionar o motivo de ter recebido R$ 150 a menos. Segundo ela, o valor teria sido acertado com o dono do estabelecimento, mas ela não tinha sido avisada. Por isso, não incluiu a quantia no salário.
Assim, a mulher contou que o soldador a procurou para reclamar que tinha feito um serviço extra, mas que não tinha sido pago. Ela explicou que não sabia do combinado e disse que o homem ficou agressivo e passou a xingá-la. Quando o marido foi buscá-la no término do expediente, Celso o abordou e os dois discutiram.
A viúva disse que Celso fez ameaças dizendo “amanhã você vai ver”, mas ela e o marido foram embora. No dia seguinte, no entanto, o soldador atacou Fabricio quando ele a deixava na oficina.
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O caso foi registrado no 3º Distrito Policial (DP) de Mauá como homicídio doloso, quando há a intenção de matar, qualificado por motivo fútil, emprego de fogo e emboscada sem dar chance de defesa à vítima. A Polícia Civil pediu a prisão temporária do soldador, mas a Justiça ainda analisa o caso.
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