Pedro Rodrigues Filho, de 68 anos, conhecido como “Pedrinho Matador”, foi encontrado morto na manhã de domingo (5), em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo. De acordo com o boletim de ocorrência, ele foi baleado e teve o pescoço cortado. O homem, que passou 42 anos na cadeia por causa de dezenas de assassinatos, já estava em liberdade e mantinha perfis nas redes sociais onde contava sua história (veja mais abaixo).
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Ainda conforme a ocorrência, Pedrinho foi achado morto por volta das 10h de domingo na Rua José Rodrigues da Costa, no bairro Ponte Grande. Ele estava na frente da casa de parentes e segurava uma criança no colo, quando um carro preto se aproximou. Dois homens armados e mascarados desceram e mandaram uma mulher pegar a menina e entrar na casa.
Depois disso, os criminosos efetuaram vários tiros contra Pedrinho e um deles, usando uma faca de cozinha, cortou a garganta do homem. Em seguida, eles fugiram.
A Polícia Militar foi acionada e, no local, os agentes já encontraram Pedrinho sem vida. Durante buscas, o carro preto usado pelos assassinos foi encontrado abandonado na Estrada da Cruz do Século. Os suspeitos, no entanto, não foram localizados.
O veículo foi apreendido para a perícia, assim como o celular de Pedrinho, que será analisado para descobrir se há alguma mensagem que leve a autoria do crime.
O caso foi registrado no Setor de Homicídios de Mogi das Cruzes, como homicídio qualificado. Até a manhã desta segunda-feira (6), ninguém havia sido preso.
Quem foi ‘Pedrinho Matador’?
“Pedrinho Matador” foi condenado por dezenas de assassinatos, que começaram a ser cometidos na década de 1970. O primeiro crime ocorreu quando ele ainda tinha 14 anos, em Santa Rita do Sapucaí, em Minas Gerais, quando ele matou a tiros o então prefeito da cidade.
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Depois disso, o homem não parou mais de cometer crimes e afirmava ter sido responsável por mais de cem mortes, muitas delas dentro da cadeia. Ele foi preso pela primeira vez em 1973 e, ao todo, passou 42 anos preso.
Em entrevista ao programa “Fantástico”, da TV Globo, em 1996, quando ainda cumpria pena, “Pedrinho Matador” disse que “sempre foi um assassino” e que não se arrependia dos crimes. Entre as tatuagens que ele exibia, estava a frase: “Mato por prazer”. Na mesma época, ele afirmou que matou o próprio pai.
Ele estava em liberdade desde 2017, quando cumpriu suas penas. Depois disso, Pedrinho criou perfis nas redes sociais e passou a contar sua história. No último registro em seu Tik Tok, seguido por mais de 321 mil pessoas, ele apareceu jogando sinuca em um bar de Mogi das Cruzes no sábado (4).
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