O livro infantil “Amoras”, de autoria do rapper Emicida, foi alvo de intolerância religiosa praticada pela mãe de um aluno do Ensino Fundamental de uma escola particular de Salvador, na Bahia.
ANÚNCIO
As páginas do livro foram riscadas com indicações de salmos bíblicos e informações sobre orixás foram indicadas como “falsas”.
O caso é classificado como racismo religioso pela advogada criminalista e Conselheira Seccional da OAB (Ordem de Advogados do Brasil) da Bahia, Dandara Amazzi Lucas Pinho.
De acordo com a direção da escola Clubinho das Letras, o livro, que conta a história de uma menina negra que está aprendendo a se reconhecer no mundo, foi indicado como sugestão de obras didáticas para o projeto Ciranda Literária. Os responsáveis pelas crianças são convidados a comprar livros sugeridos pela unidade de ensino que, depois, são levados à escola e disponibilizados entre os alunos.
A unidade de ensino foi alertada ontem (6) por um responsável que o livro de Emicida estava com textos escritos à mão com mensagens preconceituosas. Pelo menos oito páginas da obra foram vandalizadas, segundo o “G1″.
O que diz a escola
A direção da escola disse que é contra as declarações escritas no livro e garantiu que a obra será reposta.
Outra medida que deve ser tomada pela unidade de ensino será a convocação da família para uma reunião.
LEIA TAMBÉM: