Pedro Rodrigues Filho, de 68 anos, conhecido como “Pedrinho Matador”, dizia ter sido o responsável por mais de cem mortes e era considerado o maior serial killer brasileiro. Ele passou quase 30 anos preso, após 20 condenações no Tribunal de Justiça de São Paulo. Depois que cumpriu as penas, ele foi solto, ajudou a escrever livros contando sua história, virou youtuber e mantinha perfis ativos nas redes sociais. Mas queria ser conhecido de uma forma diferente, como “Pedrinho Ex-Matador”.
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O homem foi morto a tiros e teve o pescoço cortado, em Mogi das Cruzes, no último domingo (5). O homicídio é apurado pela Polícia Civil, mas, até o momento, nenhum suspeito foi identificado ou preso.
“Pedrinho Ex-Matador” fez sua última postagem nas redes sociais no último dia 4, quando postou um vídeo no TikTok mostrando que jogava sinuca em um bar de Mogi das Cruzes (veja abaixo). Por lá, ele era seguido por mais de 321 mil pessoas.
Pedrinho também virou youtuber e em seu canal, que era mantido em parceria com Pablo Silva, se dedicava a comentar crimes atuais e fazer análises de casos de grande repercussão, como o de Lázaro, conhecido como o “Serial Killer do Distrito Federal”.
Em entrevista à Revista Agora, ele falou sobre o trabalho que desenvolvia no seu YouTube. “São crimes que revoltam a gente, cheios de mentira, acabando com a felicidade de uma pessoa”, disse ele.
Na ocasião, ele afirmou que queria deixar a fama de “matador”. “Não quero mais ser reconhecido por esse nome, deixa Pedrinho Matador pra lá... Quando as pessoas me chamam de ‘seu Pedro’ eu fico feliz da vida”, declarou ele.
Além da autuação nas redes sociais, Pedrinho também ajudou a escrever livros e ganhou biografias, “Eu não sou um monstro”, escrita por Iza Toledo, “Pedrinho Matador - A Biografia”, de Pablo do Nascimento Silva”, “Doze dias: A história do maior assassino em série”, de Danísio Feitosa.
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Mais de cem mortes
“Pedrinho Matador” foi condenado por dezenas de assassinatos, que começaram a ser cometidos na década de 1970. O primeiro crime ocorreu quando ele ainda tinha 14 anos, em Santa Rita do Sapucaí, em Minas Gerais, quando ele matou a tiros o então prefeito da cidade.
Depois disso, o homem não parou mais de cometer assassinatos. Na ficha criminal dele constam 71 homicídios, mas ele afirmava ter sido responsável por mais de cem mortes, muitas delas dentro da cadeia.
Em entrevista ao programa “Fantástico”, da TV Globo, em 1996, quando ainda cumpria pena, “Pedrinho Matador” disse que “sempre foi um assassino” e que não se arrependia dos crimes. Entre as tatuagens que ele exibia, estava a frase: “Mato por prazer”. Na mesma época, ele afirmou que matou o próprio pai e que “arrancou” o seu coração.
Morte de Pedrinho
“Pedrinho Matador” foi morto na manhã do último domingo, quando foi baleado e teve o pescoço cortado. Conforme o boletim de ocorrência, o homem foi achado morto por volta das 10h na Rua José Rodrigues da Costa, no bairro Ponte Grande, em Mogi das Cruzes.
Ele estava na frente da casa de parentes e segurava uma criança no colo, quando um carro preto se aproximou. Dois homens armados e mascarados desceram e mandaram uma mulher pegar a menina e entrar na casa.
Depois disso, os criminosos efetuaram vários tiros contra Pedrinho e um deles, usando uma faca de cozinha, cortou a garganta do homem. Em seguida, eles fugiram.
A Polícia Militar foi acionada e, no local, os agentes já encontraram Pedrinho sem vida. Durante buscas, o carro preto usado pelos assassinos foi encontrado abandonado na Estrada da Cruz do Século. Os suspeitos, no entanto, não foram localizados.
O veículo foi apreendido para a perícia, assim como o celular de Pedrinho, que será analisado para descobrir se há alguma mensagem que leve a autoria do crime.
O caso foi registrado no Setor de Homicídios de Mogi das Cruzes, como homicídio qualificado.
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