Pedro Rodrigues Filho, de 68 anos, conhecido como “Pedrinho Matador”, foi condenado em 20 processos que correram no Tribunal de Justiça de São Paulo. Ao todo, ele passou quase 30 anos preso por diversos crimes, sendo a maioria assassinatos. Apontado como o maior serial killer brasileiro, ele foi morto a tiros e teve o pescoço cortado, em Mogi das Cruzes, no domingo (5). Até o momento, nenhum suspeito pelo homicídio foi identificado ou preso.
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Conforme reportagem do site G1, por conta das condenações, Pedrinho ficou preso pela primeira vez entre os anos de 1985 e 2007, quando foi solto após receber um indulto. No entanto, em 2011, ele voltou a ser preso e cumpriu pena até 2017.
A partir daí, o ‘matador’ criou perfis nas redes sociais, entre elas o Youtube, onde passou a contar sua história e a comentar sobre crimes de grande repercussão. No último sábado (4), ele fez um último registro em seu Tik Tok, onde apareceu jogando sinuca em um bar de Mogi das Cruzes (veja abaixo). Por lá, ele era seguido por mais de 321 mil pessoas.
Ele também lançou um livro em que falava sobre o período em que passou preso e buscava assumir uma nova identidade, a de “Pedrinho Ex-Matador”.
Mais de cem mortes
“Pedrinho Matador” foi condenado por dezenas de assassinatos, que começaram a ser cometidos na década de 1970. O primeiro crime ocorreu quando ele ainda tinha 14 anos, em Santa Rita do Sapucaí, em Minas Gerais, quando ele matou a tiros o então prefeito da cidade.
Depois disso, o homem não parou mais de cometer assassinatos. Na ficha criminal dele constam 71 homicídios, mas ele afirmava ter sido responsável por mais de cem mortes, muitas delas dentro da cadeia.
Em entrevista ao programa “Fantástico”, da TV Globo, em 1996, quando ainda cumpria pena, “Pedrinho Matador” disse que “sempre foi um assassino” e que não se arrependia dos crimes. Entre as tatuagens que ele exibia, estava a frase: “Mato por prazer”. Na mesma época, ele afirmou que matou o próprio pai e que “arrancou” o seu coração.
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Morte de Pedrinho
“Pedrinho Matador” foi morto na manhã do último domingo, quando foi baleado e teve o pescoço cortado. Conforme o boletim de ocorrência, o homem foi achado morto por volta das 10h na Rua José Rodrigues da Costa, no bairro Ponte Grande, em Mogi das Cruzes.
Ele estava na frente da casa de parentes e segurava uma criança no colo, quando um carro preto se aproximou. Dois homens armados e mascarados desceram e mandaram uma mulher pegar a menina e entrar na casa.
Depois disso, os criminosos efetuaram vários tiros contra Pedrinho e um deles, usando uma faca de cozinha, cortou a garganta do homem. Em seguida, eles fugiram.
A Polícia Militar foi acionada e, no local, os agentes já encontraram Pedrinho sem vida. Durante buscas, o carro preto usado pelos assassinos foi encontrado abandonado na Estrada da Cruz do Século. Os suspeitos, no entanto, não foram localizados.
O veículo foi apreendido para a perícia, assim como o celular de Pedrinho, que será analisado para descobrir se há alguma mensagem que leve a autoria do crime.
O caso foi registrado no Setor de Homicídios de Mogi das Cruzes, como homicídio qualificado.
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