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Médica que guardava feto dentro de pote vai responder em liberdade por ocultação de cadáver

Ela pagou fiança e foi solta; caso foi descoberto depois que babá estranhou cheiro que saía de armário

Polícia apura o caso
Médica guardava feto dentro de pote plástico em casa, em Barueri, na Grande São Paulo (Divulgação/Polícia Civil)

A médica-cirurgiã Mônica Yurie Ayabe, de 40 anos, que foi presa suspeita de ocultar o cadáver de um feto dentro da própria casa, em Barueri, na Grande São Paulo, pagou fiança e foi solta. No entanto, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), a mulher vai responder em liberdade pelo crime de ocultação de cadáver.

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“A ocorrência foi registrada pela Delegacia de Barueri como aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento e ocultação de cadáver. A autora pagou fiança e responderá em liberdade”, disse a SSP, em nota.

A prisão da médica ocorreu na última quinta-feira (2), no Jardim Paraíso. Conforme o boletim de ocorrência, a babá, que cuida da filha de 4 anos da médica, estranhou o cheiro que saía de um armário e decidiu checar o que era. Ao se deparar com o feto, ela denunciou o caso à polícia.

Os agentes foram, então, até a residência, onde acharam um pote plástico contendo os restos mortais. Ele estava enrolado em panos, dentro do recipiente.

Ao ser questionada, Mônica disse que sofreu um aborto espontâneo, em outubro do ano passado, quando decidiu guardar o feto. “Ele estaria guardado desde outubro de 2022. O que chamou a atenção foi o cheiro forte. As pessoas acabaram desconfiando que haveria algo errado”, explicou o delegado Andreas Schiffmann, em entrevista à RecordTV.

Segundo o investigador, a médica alegou que não sabia que tinha que avisar as autoridades sobre o ocorrido e muito menos que guardar o feto configura o crime de ocultação de cadáver.

A médica passou por uma audiência de custódia no dia 3, quando pagou a fiança e foi liberada. A defesa dela não foi encontrada para comentar o assunto.

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Mais abortos

A babá que denunciou o caso à polícia levantou a suspeita de que esse não teria sido o único aborto provocado pela médica. Segundo o relato da mulher, no último dia 28, mulher estava sentindo dores após tomar um medicamento abortivo.

Por enquanto, não há confirmação se, de fato, ela estava novamente grávida e perdeu o bebê. A situação segue sendo investigada pela Polícia Civil.

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