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“Não deve voltar às atividades normais”, diz médico sobre jovem que parou na UTI após cheirar pimenta

Thais Medeiros de Oliveira, de 25 anos, teve crise de asma grave e segue internada em Anápolis, Goiás

“Em relação à questão do prognóstico neurológico dela, a gente espera uma lesão neurológica grave. (...) O cérebro ainda pode ter alguma recuperação, mas a gente acredita que voltar às atividades habituais dela, as atividades normais, isso, infelizmente, não”, explicou o médico da UTI, Rubens Dias.

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Ao chegar no hospital, a jovem sofreu uma parada cardiorrespiratória, quando ficou cerca de sete minutos sem pulso e 15 minutos sem oxigênio. Assim, ela foi sedada e intubada para evitar danos cerebrais. Depois, foi transferida para a Santa Casa de Anápolis, onde ficou na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Nesta semana, Thaís foi transferida da UTI para o quarto e deve começar o tratamento de reabilitação. No entanto, o diretor técnico da Santa Casa de Anápolis, Murilo Carlos Santana, ressaltou que o quadro dela é delicado.

“Ela chegou já intubada. A gente pode dizer que foi um tempo importante [de chegar ao médico], porque a situação clínica atual dela mostra, pela dificuldade de oxigenação do cérebro, que ela está ainda com um quadro neurológico bem comprometido”, explicou o médico.

Apoio da família

Também ao “Fantástico”, a mãe de Thaís, Adriana Medeiros, disse que mesmo com os prognósticos não sendo “bons”, ela vai continuar ao lado da filha.

“A gente está aí, lutando junto com ela. Eu estou aqui de braços abertos para a minha filha, receber ela da melhor maneira que eu puder, cuidar dela. Enquanto ela tiver vida ali, eu vou lutar até o fim. Eu não vou desistir dela”, disse Adriana.

A família da trancista abriu uma vaquinha online para conseguir pagar a conta do hospital particular onde a jovem foi socorrida inicialmente e também para custear os medicamentos e fraldas que ela vai precisar durante a reabilitação.

‘Pimenta bode’

Conforme o namorado de Thaís, a jovem cheirou a conhecida “pimenta bode”. Ela não tinha histórico anterior de reação alérgica a qualquer tipo de alimento ou tempero, mas há sete anos teve o diagnóstico de asma. Ela enfrentava crises com frequência.

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A “pimenta bode” é muito usada na culinária do Centro-Oeste, principalmente em pratos típicos goianos.

Conforme dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), ela tem ardência considerável e estima um patamar entre 120 mil e 190 mil na escala Scoville (que varia de 2 mil a 2 milhões).

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