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Menina levada do RJ ao MA conversava com suspeito na internet há dois anos, diz polícia

Garota que estava desaparecida foi achada trancada em quitinete; homem foi preso por cárcere privado

A menina Alessandra Rangel Coelho Santana, de 12 anos, que estava desaparecida e foi encontrada trancada em um quitinete em São Luís, no Maranhão, conversava com o suspeito de a manter em cárcere privado nas redes sociais desde que tinha 10 anos. Segundo a Polícia Civil, o açougueiro Eduardo da Silva Noronha, de 25, que acabou preso, fazia planos de viver com a criança.

Alessandra desapareceu no último dia 6, depois que saiu de casa em Sepetiba, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, para ir à escola, mas não assistiu às aulas e não retornou à residência. Ela foi vista pela última vez conversando com um homem desconhecido perto do colégio. Desde então o caso era investigado e, na terça-feira (14), policiais encontraram a garota presa em um quitinete em São Luís.

A delegada Elen Souto, da Delegacia de Descoberta de Paradeiros do Rio de Janeiro (DDPA), conta que a mãe sempre levou a menina para a escola. Neste ano, decidiu deixá-la ir sozinha, quando Eduardo decidiu colocar em ação o plano de buscar Alessandra. Assim, o rapaz viajou do Maranhão até o Rio de Janeiro de avião, pegou a criança e eles voltaram para São Luís em um carro de aplicativo. A viagem de 3,1 mil quilômetros teria custado R$ 4 mil.

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Chegando no Maranhão, segundo a delegada, o plano do açougueiro era viver com a garota. No entanto, a menina percebeu que tinha caído em uma cilada quando se viu presa no quitinete e sem internet. Assim, no dia em que foi levada a uma loja, ela usou o wi-fi e conseguiu acessar seu Instagram, quando pediu ajuda a uma irmã.

A polícia, então, rastreou a localização da garota e ela foi encontrada trancada no quitinete. O açougueiro foi preso logo depois no seu local de trabalho.

Ao ser ouvido, ele confessou que beijou Alessandra, mas negou que tenha mantido relações sexuais com ela. A menina passará por exames para comprovar se ela foi ou não abusada sexualmente.

Viagem do RJ ao MA

Agora, a Polícia Civil tanto do Rio de Janeiro quanto do Maranhão apuram como foi feita a viagem de carro. A corporação quer saber se ela ocorreu por meio de um aplicativo de transporte individual ou se foi combinada com o motorista por fora.

Alessandra segue acolhida em uma instituição de amparo à vítimas de violência em São Luís, enquanto aguarda a chegada do pai. O homem embarcou na quarta-feira (15) para a cidade, acompanhado de uma investigadora.

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