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Mulher que matou mãe e filha enforcadas em Minas Gerais agiu por vingança, diz polícia

Idosa teria descoberto golpe da filha; já criança recebeu opção de morrer ou ir para abrigo

Amanda Christina Souza Pinto foi indiciada pela Polícia Civil de Minas Gerais
Amanda Christina Souza Pinto foi indiciada pela Polícia Civil de Minas Gerais (Reprodução)

Amanda Christina Souza Pinto, de 34 anos, foi indiciada por homicídio qualificado com agravante de motivo fútil pela Polícia Civil de Minas Gerais pelas mortes de sua mãe, de 67, e de sua filha, de 10. De acordo com o parecer do DHPP (Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa), o que motivou o crime foi vingança.

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As investigações revelaram que Amanda fazia sua mãe pagar pelo financiamento de seu apartamento que, na verdade, já estava quitado. Quando descobriu, a idosa questionou a filha, que a estrangulou com um mata-leão no dia 13 deste mês.

Depois de tirar a vida da mãe, a mulher cobriu o corpo com um lençol e jogou borra de café ao redor dele fim de evitar mau cheiro. No dia seguinte, matou a própria filha por não ter como arcar com os custos da criação da menina. A princípio, ela tentou cortar os pulsos da criança com uma faca, mas acabou por asfixiá-la.

Morrer ou ir para abrigo

De acordo com a chefe do DHPP, Letícia Gamboge, Amanda relatou que chegou a conversar com a filha antes de matá-la. “Em uma situação inusitada e repugnante, ela [suspeita] deu opção à filha que seria morrer ou ir para um abrigo, algo que chocou a todos nós no transcorrer da investigação.”

Após os dois homicídios, Amanda destravou o registro do gás da residência no dia 15 e colocou a cabeça sobre o fogão. Os vizinhos acionaram o Corpo de Bombeiros, e a mulher foi levada para um hospital da região. Depois, foi transferida para o sistema prisional, onde foi internada na unidade hospitalar.

“Essa mulher (suspeita) é uma pessoa extremamente manipuladora, fria e possessiva. Ela tinha todo o controle da casa, não trabalhava (…), não queria fazer o serviço da casa nem trabalhar fora, não queria tomar conta da própria filha”, afirmou a delegada Iara França, que coordena as investigações.

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