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Ironia do destino? Menor que matou cadeirante durante ataque em escola na BA está tetraplégico

Jovem, que foi baleado durante o atentado, atualmente cumpre medida socioeducativa em casa

Armas encontradas com o atirador que invadiu a escola na Bahia
Armas encontradas com o atirador que invadiu a escola e matou cadeirante, na Bahia (Polícia Militar)

O adolescente de 14 anos que matou uma colega cadeirante durante um ataque ao Colégio Municipal Eurides Sant’Anna, em Barreiras, na Bahia, ficou tetraplégico. Ele foi baleado por uma pessoa não identificada que presenciou o atentado e reagiu. Atualmente, o menor cumpre uma medida socioeducativa.

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O ataque ocorreu em 26 de setembro do ano passado. Na ocasião, o adolescente, que vestia roupas pretas e estava armado com um revólver calibre 38, uma faca e uma bomba, invadiu a escola onde estudava e gerou pânico entre os colegas.

Houve correria e, por ter dificuldade de locomoção, Geane da Silva Brito, de 19 anos, foi a escolhida para ser atacada pelo adolescente. Ele disparou vários tiros contra ela, além de usar um facão para feri-la. A estudante não resistiu e morreu no local.

Menor que a matou ficou tetraplégico
Geane da Silva Brito, de 19 anos, que era cadeirante, foi morta durante ataque a escola na Bahia (Reprodução/Redes sociais)

Enquanto a cadeirante era atacada, os demais estudantes correram para fora, enquanto outros se esconderam pela escola. Uma pessoa que passava pelo local e ouviu os tiros entrou na unidade e acabou baleando o autor do atentado. O jovem foi socorrido com lesões em um dos ombros, no abdômen e em uma das pernas.

Por conta dos ferimentos, o adolescente acabou tetraplégico. Atualmente, ele cumpre medida socioeducativa em casa.

Investigação e motivação

A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre o caso e o remeteu à Justiça. O pai do adolescente, que é policial e dono da arma que o menor usou no ataque, prestou depoimento e disse que o revólver ficava escondido em casa e que ele não imaginava que o filho sabia onde ele estava.

Até o momento as motivações do crime não foram divulgadas, mas as investigações apontam que o atirador costumava postar mensagens de ódio nas redes sociais, além de conteúdos racistas e xenofóbicos.

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