Um jovem de 25 anos armado com uma machadinha invadiu a Creche Cantinho do Bom Pastor, em Blumenau, em Santa Catarina, e matou quatro crianças, na manhã desta quarta-feira (5). Um quinto aluno ficou ferido e foi socorrido em estado grave. A motivação do ataque ainda é desconhecida, mas o caso se soma a mais de 10 ocorrências semelhantes registradas no Brasil desde 2011.
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No último dia 27, um adolescente de 13 anos invadiu a Escola Estadual Thomazia Montoro, na Zona Oeste de São Paulo, armado com uma faca e matou a professora Elisabeth Tenreiro. Outras três pessoas ficaram feridas.
Ele foi contido pelos policiais e levado à delegacia. Depois, foi apreendido e levado a uma unidade da Fundação Casa no Complexo Brás, no Centro. Em seu celular foram encontradas informações de ataques em outras escolas no País, o que indica que o crime foi planejado.
Relembre abaixo alguns casos de ataques a escolas e creches:
Aracruz (ES)
No dia 25 de novembro de 2022, um adolescente de 16 anos promoveu ataques a tiros contra duas escolas, sendo uma pública e uma particular, em Aracruz, no Espírito Santo. Ele estava armado e matou quatro pessoas e deixou outras 13 feridas.
Os atentados ocorreram nas escolas Primo Bitti e Centro Educacional Praia de Coqueiral, que ficam na mesma via, em Praia de Coqueiral. O autor era ex-aluno de uma das unidades e foi apreendido após o crime. Ele permanecerá internado por três anos.
Com ele, foram recolhidos materiais com suástica, um símbolo nazista. O menor usou a arma do pai, que é policial militar, para cometer os ataques.
Sobral (CE)
No dia 5 de outubro de 2022, um adolescente de 15 anos atirou contra três estudantes Escola Estadual Professora Carmosina Ferreira Gomes, em Sobral, no Ceará. Uma das vítimas foi atingida na cabeça e as demais levaram tiros de raspão.
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Na ocasião, a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social no Ceará disse que a arma utilizada no crime estava registrada em nome de um Colecionador, Atirador e Caçador (CAC), cujo nome não foi revelado.
O menor foi apreendido e disse à polícia que sofria bullying e que, por isso, premeditou o ataque.
Barreiras (BA)
No dia 26 de setembro de 2022, um adolescente de 14 anos invadiu o Colégio Municipal Eurides Sant’Anna, em Barreiras, na Bahia, armado com um revólver e uma faca e disparou contra colegas, causando correria pelos corredores. A estudante Geane da Silva Brito, de 19 anos, que era cadeirante, foi um alvo fácil por ter dificuldades de locomoção.
O menor disparou vários tiros contra ela, além de usar um facão para feri-la. A estudante não resistiu e morreu no local. Na ocasião, uma pessoa que passava pelo local ouviu o barulho dos tiros, entrou na escola e reagiu, baleando o atirador. Ele ficou ferido e acabou tetraplégico.
Atualmente, o menor cumpre uma medida socioeducativa em casa.
Rio de Janeiro (RJ)
No dia 6 de maio de 2022, três adolescentes foram esfaqueados por um colega na Escola Municipal Brigadeiro Eduardo Gomes, na Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio de Janeiro. As vítimas, com idades entre 13 e 14 anos, tiveram ferimentos leves.
Segundo a Polícia Militar, o agressor era um colega de turma. Ele chegou a gravar a própria ação.
Saudades (SC)
No dia 4 de maio de 2021, um adolescente de 18 anos matou cinco pessoas e feriu outras duas após invadir uma escola infantil no município de Saudades, a 67 km de Chapecó, em Santa Catarina. Ele portava um facão e atacou professores e alunos. Em seguida, cortou o próprio pescoço, além de se lesionar no abdômen e no tórax.
Na ocasião, uma professora e dois alunos morreram no local. Outra mulher e mais duas crianças tiveram lesões graves e foram encaminhadas a um hospital, onde também morreram.
Suzano (SP)
No dia 13 de março de 2019, dois ex-alunos invadiram a escola Professor Raul Brasil, em Suzano, na Região Metropolitana de São Paulo, e mataram cinco alunos e duas funcionárias, além do tio de um dos atiradores. Em seguida, um dos assassinos atirou no comparsa e, então, se suicidou.
Os assassinos, de 17 e 25 anos, eram ex-alunos do colégio. A polícia disse que os dois autores tinham um “pacto” segundo o qual cometeriam o crime e depois se suicidariam.
Goiânia (GO)
No dia 20 de outubro de 2017, um estudante de 14 anos foi armado até a escola particular Colégio Goyazes, em Goiânia, em Goiás, e atirou contra colegas. De acordo com o Corpo de Bombeiros e Polícia Militar, dois estudantes morreram e outros quatro ficaram feridos.
O adolescente, que cursava o 8º ano e é filho de policiais militares, estava dentro da sala de aula e, no intervalo, tirou da mochila a arma, uma pistola .40 e efetuou os disparos. Em seguida, foi convencido pela coordenadora a travar a arma.
Em depoimento à polícia, ele disse que decidiu fazer os disparos porque sofria bullying. Colegas de escola disseram que ele era chamado de “fedorento”.
Realengo (RJ)
No dia 7 de abril de 2011, um massacre na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na Zona Oeste do Rio, deixou 12 crianças mortas. O atirador, um ex-aluno do colégio, ainda feriu mais de dez estudantes e cometeu suicídio depois.
Entre os mortos estavam dez meninas e dois meninos, com idades entre 12 e 15 anos.
Na ação, o atirador entrou na escola dizendo que daria uma palestra. Conversou com algumas pessoas e seguiu em direção a duas salas de aula do 8º ano, onde entrou atirando com dois revólveres.
Durante o tiroteio, um garoto, ferido, conseguiu escapar e avisar a Polícia Militar. O policial Márcio Alexandre Alves atirou contra o atirador e pediu que ele largasse a arma. Em seguida, o criminoso se matou com um tiro na cabeça.
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